CLASSE DOS EDUCADORES DO ENSINO PÚBLICO DO AMAZONAS MANTÉM GREVE DIANTE DAS CARÊNCIAS RACIONAL, POLÍTICA, ADMINISTRATIVA E JURÍDICA DO GOVERNO

PRODUÇÃO AFINSOPHIA.ORG
GREVE! 25% JÁ!
Pode-se afirmar que a história da Educação no estado do Amazonas é o retrato-fiel da miséria-atávica-governamental. Principalmente, no pós-ditadura (eufemismo, já que existe a ditadura da estupidez) com os chamados governos Mestrinho, Amazonino e Eduardo Braga. Sai governo e entra governo só para manter cultivado o atavismo Anti-Educação Pública..
Nesses governos, a classe educadora do ensino público do estado (e do município), sempre teve que lutar para conseguir que os seus direitos trabalhistas fossem respeitados. Sempre teve que ir às ruas exercer suas reivindicações salariais diante das carências racional, política, administrativa e jurídicas dos ditos governos. Uma condição antidemocrática que chega a fortalecer a crença de que no território-educacional do Amazonas há enterrada uma fascinante carcaça de mula que é muito bem cultivada por esses governantes.
Agora, com o ex-apresentador de programa de televisão explorador da sub-vivência dos mais humilhados, Wilson Lima, a carcaça da mula continua. A classe dos educadores do Ensino Público vem tentando de todas as formas sensível, intelectível e ética construir um acordo com ele, mas tem sido impossível. Obsessivamente, ele não aceita atender o direito dos educadores que reivindicam – com todo direito-profissional – 25%.
Assim, diante dessa posição obsessiva, os educadores, depois de várias análises sobre a situação educacional-política, decidiram manter a greve que chegou ao seu sétimo dia, e, se o culto obsessivo continuar, ela será mantida ad infinitum, já que a Greve é a Potência da Classe Trabalhadora.
Desta forma, a classe dos educadores, vivenciando a violência-governamental cotidianamente, só tem que cantar a música-hino de Victor Martins e Ivan Lins:
Aprendemos muito nesses anos
Afinal de contas não tem cabimento
Entregar o jogo no primeiro tempo
Nada de correr da raia
Nada de morrer na praia
Nada! Nada! Nada de esquecer
No balanço de perdas e danos
Já tivemos muitos desenganos
Já tivemos muito que chorar
Mas agora, acho que chegou a hora
De fazer valer o dito popular
Desesperar jamais
Cutucou por baixo, o de cima cai
Desesperar jamais
Cutucou com jeito, não levanta mais
Composição: Ivan Lins, Vitor Martins