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  O trabalho não enobrece, mas ao capitalista enriquece!

 

 

A maioria dos que são nominalizados de trabalhadores não sabe de si. Não sabe de sua Existência como Essência Ontológica-Singular como Ser no Mundo. Não sabe de seu Desejo, seu Corpo, sua Sensibilidade, sua Inteligência, seu Sexo, sua Imaginação, sua Memória, sua Potência-Vital. Em sua mônada de desconhecimento não sabe de sua classe e da classe que lhe explora conjuntamente com outros corpos exploradores, como a mistificação.

 

Como uma mera mercadoria produtora do mundo psicodélico das mercadorias não sabe que os enunciados trabalhador, trabalho e direitos trabalhistas foram criados pela semiótica-capitalista, o que os tornam inexistências, visto que o espirito capitalista sendo nada mais do que exploração não pode criar enunciações Reais, mas tão somente quimeras: o que não tem existência e essência. Sem existência não pode ser percebido; e sem essência não pode ser analisado. Logo, esse tal trabalhador não existe. E a sociedade da mercadoria é um mundo imaginário oralmente-sádico, onde todas as formas de relações são esquizofrenizantes. 

 

Trabalhador, trabalho e direito trabalhista criado pela semiótica-dominante-capitalista são apenas projeções saídas dos postulados do idealismo da mente-burguesa cujos impulsos-classistas sádicos se concretizam em três fundamentações, como mostra Marx: a necessidade-prática e egoísta, a usura e seu deus-dinheiro. As sobrecodificações-alienadas do mundo.

 

Trata-se da confirmação de que trabalhador, trabalho e direito trabalhista são mentiras. O capitalismo não sabe nada desses três-devires-produtivos. Parafraseando o filósofo Sartre, da mesma forma que não existe intelectual de direita, não existe trabalhador, trabalho e direito trabalhista reais no mundo capitalista. Tudo não passa de fabulação. E o que se comemora nessa data-capitalizante são apenas danças-espectrais-fantasmagóricas, e não o Trabalhador, o Trabalho e o Direito Trabalhista Potência-Vital Produtora de Variações Contínuas de Novos-Mundo como mostra a Semiótica da Práxis e da Poieses Socialista, onde o Trabalhador, o Trabalho e o Direito Trabalhista são Reais.

 

Para ilustrar, pedagogicamente, esse quadro-psicótico-capitalista-fabulante, escolhemos algumas historinhas do livro Mentiras Que Parecem Verdades, do filósofo-semiótico Umberto Eco e da filósofa-historiadora, Marisa Bonazzi. É para se divertir com a moralidade-sado-masoquista das historinhas que se apresentam para as crianças, adolescentes e adultos em famílias, escolas e meios de comunicação de massa perversamente alienadas. 

 

OH, SIM!

“Oh, sim! Quem trabalha é feliz;

é isto que diz o martelo, que diz

a plaina, a pá, a serra,

o trabalho é como uma reza.

Quem não trabalha, está sempre descontente;

possui a alma turva e escura.

E se você o olhar, oh, que susto!

Verá dois olhos de lobo”.

 

A ALEGRIA

“Trabalho significa apetite, alegria, vivacidade, coração feliz, sono tranquilo, mente serena, paz na alma e júbilo no coração…

Saúde e alegria ao homem que se cansa, rompendo os torrões da terra ou difundindo a luz da verdade entre os homens, enriquecendo o patrimônio das coisas úteis e o tesouro das belezas!

Sobre a sua cabeça, o céu está sempre sereno e, seja à luz do sol ou sob o esplendor das estrelas, a atmosfera que rodeia deixa transparecer o perfume de mil bênçãos.

Saúde e alegria ao homem mais feliz da terra!”.

 

CANÇÃO

Era uma vez uma marceneiro que trabalhava desde manhã até a noite. Aplainava a madeira e cantava.

Era uma vez uma tanoeiro que trabalhava de manhã até a noite. Fabricava tinas e pipas e cantava”.

 

O FILHO MÍOPE

“- Papai, você é mais bonito e mais majestoso que um rei. Trabalha no meio de fagulhas de ouro. Ao redor de sua testa brilha uma coroa de pérolas.

E não via que aquelas pérolas eram gotas de suor”.

 

QUE BELEZA!

“O operário mostra suas mãos cheias de calos:

durante toda a vida tocaram

a terra, os fogos, os metais.

Estão vazias de riquezas, estão negras, cansadas, pesadas.

Diz o Senhor: – Que beleza!

Assim são as mãos dos santos”.

 

QUEM NÃO TRABALHA PENSA DEMAIS

“E eles trabalham e cantam, porque o trabalho é alegria e saúde.

Os animais trabalham; os bois subjugados ao arado, os passarinhos ao redor do ninho, as abelhas, para recolher o doce néctar.

Quem não trabalha tem tempo de pensar em coisas feias e de praticá-las”. 

 

E O BARCO VOLTOU SÓ

“O pescador, que vive grande parte dos seus dias na solidão do mar, é um homem que sabe esperar. A água tem seus caprichos, o lago, suas fantasias. Os dias nunca são iguais. O pescador, ao sair, não sabe se voltará com o barco cheio ou sem um único peixe para o jantar: ele se coloca nas mãos do Senhor”. 

 

ORAÇÃO

“Senhor, fazei com que minhas mãos conheçam as alegrias do cansaço, como as de meu pai e conheçam as alegrias do conforto e do amor, como as de minha mãe”. 

 

MAS PIPPO NÃO SABE DAS COISAS

“Pippo trabalha com alegria. Ele diz que o trabalho é o presente mais belo que Deus nos deu”. 

 

O BOBALHÃO

“Torna-se quebrador de pedras. Duro é o seu trabalho. Pesada a sua tarefa e magro o seu pagamento. Mas sentiu-se feliz”.

 

FALTA SABÃO

-Sujo? Não, não, Mário: aquele homem não estava sujo. As poeiras que tinha era, apenas, o sinal do seu duro trabalho. O trabalho não suja. Aquele operário que você não quis tocar vale tanto quanto um trabalhador qualquer, como um ourives, um escultor, um advogado, um engenheiro, um tabelião ou um outo profissional. Cada tipo de trabalho é válido”. 

 

O SÁDICO

O senhor deu ao jovem o pão para salvá-lo da fome e deu-lhe trabalho, para salvá-lo do ócio.

Sem pão, ele teria morrido; sem trabalho, ele se tornaria ruim”. 

 

SORTE DELE!

“Um homem vivia sempre tranquilo, sempre contente. Trabalhava e cantava.

-Sorte dele! -, diziam a s pessoas.

-É um amigo meu que me alegra – respondia o homem. Nunca ia ao bar, a quem lhe perguntou o porque disse:

-Meu amigo me faz companhia.

-Mas quem é esse amigo?

-Vocês não estão vendo? É o trabalho!”.

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