PF MIRA NA CÚPULA ANTIGA GSI E MILITARES DO PLANALTO EM INVESTIGAÇÃO SOBRE ATOS GOLPISTAS

Supporters of Brazilian former President Jair Bolsonaro destroy a window of the the plenary of the Supreme Court in Brasilia on January 8, 2023. - Hundreds of supporters of Brazil's far-right ex-president Jair Bolsonaro broke through police barricades and stormed into Congress, the presidential palace and the Supreme Court Sunday, in a dramatic protest against President Luiz Inacio Lula da Silva's inauguration last week. (Photo by Ton MOLINA / AFP)
Investigadores questionaram militares sobre o motivo de o Gabinete de Segurança Institucional ter dispensado reforço de um Comando Militar um dia antes das manifestações pró-golpe
247 – A Polícia Federal (PF) ouviu nesta quarta-feira (12) os generais de divisão Carlos Feitosa Rodrigues e Carlos José Russo Assumpção Penteado, além do ex-comandante militar do Planalto Gustavo Henrique Dutra de Menezes. Penteado era o número 2 do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) na gestão de Augusto Heleno e permaneceu como secretário executivo do órgão até o dia 23 de janeiro. De acordo com informações publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo, investigadores também questionaram os três militares sobre o motivo de o GSI ter dispensado no dia 7 de janeiro o reforço enviado pelo Comando Militar do Planalto (CMP), então chefiado pelo general Dutra.
Os três generais e outros 86 militares foram chamados para depor no âmbito da Operação Lesa Pátria, que apura a participação de militares nos atos golpistas do dia 8 de janeiro, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram as estruturas externas do Palácio do Planalto, onde fica o gabinete presidencial, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional.
Os depoimentos dos dois generais duraram cada um cerca de três horas. Em março, Penteado passou para a reserva. Ele tinha sido promovido a general. Feitosa e Dutra continuaram na ativa.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) já denunciou 1.390 pessoas por atos golpistas – 239 no núcleo dos executores, 1.150 no núcleo dos incitadores e uma pessoa no núcleo que investiga suposta omissão de agentes públicos.