A MEDICINA E SEU QUADRO CLÍNICO: ESTUDANTE DA USP ATUA NO GOLPE, OUTRA GASTA DINHEIRO DA FORMATURA DA TURMA, MÉDICAS DE MAUÉS (AM) EXPRESSAM SADISMO CONTRA CRIANÇAS…
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Karl Marx afirma que na condição de sua Existência-Essência-História o Homem é ele, a sociedade, o Estado e o Mundo. O Homem é um Ser Social. Tanto que ele só se isola em Sociedade. Quando o Homem não é um Ser Social, é uma aberração. Como mostra a etimologia da palavra aberração, ab=para fora e errare=andar, vagar, marchar, caminhar; ser aberrante é encontra-se fora da sociedade. É comporta-se fora dos postulados, princípios, categorias, valores da Sociedade-Humana.
Daí que todo trabalhador, como Ser Social, representa toda a Sociedade com a produção de seu trabalho. Aqui, em Manaus, o artesão-sapateiro, Seu Cândido, no auge de seus 90 anos, na calçada da Rua Comendador Clementino, entre às ruas Japurá e Silva Ramos, em cada sola pregada, ele sintetiza politicamente toda a Sociedade-Mundial. Seu trabalho é engajado, porque ele se compromete como Ser Social. Assim, são todos os trabalhadores com suas Potências-Humanas expressas como Práxis e Poises movimentadoras do Mundo.
O trabalho, como representação de toda Sociedade, é a concretude das vivências de todos que alcançaram a Dimensão-Humana de Ser Cumpliciado-Intimamente na Comunicação em Forma de Humaniora como Alteridade, Solidariedade, Sociabilidade, Responsabilidade, Compromisso, também como afetos Amor, Alegria, Ternura, Amabilidade, Suavidade, Leveza, Dedicação, Companheirismo,…
Comentando racionalmente a formação do médico, trabalhador da medicina, a insigne e engajada psicanalista francesa Françoise Dolto, diz:
“Todos os médicos recebem um ensino, mas muito raramente uma formação. Os que têm sorte de usufruir de uma formação são os que tiveram um modelo com uma forte personalidade e levaram a sério formar discípulos pelo exemplo de seu comportamento com os doentes. O estudante de medicina tem uma formação deontológica (…). Alguns não têm escrúpulos…”.
Quando Freud afirma que a criança é o pai do homem, ele implica, em seu enunciado, a escolha profissional que são sublimações das fases oral, anal, uretal, fálica, edipiana, latência, e pré-genital. Ou seja, as experiências das crianças. Breve exemplo: Uma criança presa na fase fálica pelo exibicionismo ou voyeurismo, pode na vida adulta ser um excelente ginecologista, um cirurgião… Porém, o profissão médica é uma formação reativa ligada profundamente com o sentimento de culpa relativo a fantasia da morte dos pais e a sua.
Aí, a sublimação em se mostrar como preocupação com a saúde e a vida dos pacientes. Para psicanálise, quando o médico teve uma boa sublimação, ele se mostra um profissional vocacionado, um Ser-Social. Ao contrário, ficou imobilizado em uma dessas fases, principalmente nas oral-anal, razão de ser fóbico e ao mesmo tempo odioso, invejoso e vingativo, fator base de sua neurose ou psicose que o faz um charlatão, um ambicioso, despudorado, indigno, lambaio, mentiroso, imbecil, sádico, um picareta, trapaceiro, pervertido, um simulador, sem qualquer signo de formação médica como mostra a psicanalista Françoise Dolto.
Um fator para ser observado nesse tema Saúde ou Não-Saúde. Tanto os médicos vocacionados, como os falsos médicos, os charlatões, aqueles que o poeta-satírico, Gregório do Mato Guerra, o Boca do Inferno, se referia que as mortes diminuiriam, se fosse obrigado se colocar na tumba do morto o nome do médico que dizia lhe tratar, passaram por uma Faculdade de Medicina, só que nesse território também tem falsos-médicos-professores anticientíficos, desnarcisados, orgulhosos, alienados, exibicionistas e ambiciosos que servem de modelo aos futuros falsos-médicos. “Se o professor é assim, por que eu não posso também? Eu também sou filho de Deus!”, afirmam esperançosos. . E o paciente, muito paciente, ironiza: “E que Deus!”
E com a medicina de mercado, onde cada órgão é uma mercadoria, e a concorrência entre eles por essas mercadorias é como luta com foice, a demanda aumentou tanto de falsos-professores de Medicina, como de futuros falsos-médicos que são totalmente alienados dos princípios e valores Democráticos. E pior, é que alguns, por concurso público, que são totalmente técnico-jurídico-burocrático, são aprovados e vão sublimar seus sadismos nos pacientes desamparados de proteção.
Os três casos citados no título desse agenciamento de enunciação coletiva, são exemplos límpidos desse quadro clínico aberrante. Entretanto, o primeiro é um alvissareiro sinal de defesa da Medicina.
– A estudante da USP deixou o Curso de Medicina para participar do delirante golpe bolsonarista. Um bem para a Saúde Pública.
– A outra, também da USP, que gastou o dinheiro da formatura de sua turma e foi presa – mas já foi solta – terá dificuldade de esculpir o padrão médico. Embora, no mundo, como Édipo, tenha otário por todos os lados.
– Já, as duas médicas, Beatriz Afonso de Almeida e Sofia Rodrigues Gonçalves, que no município de Maués, estado do Amazonas, tiveram comportamento sádico com crianças atingidas por raio, espera-se punição de acordo com as normas deontológicas da profissão. Deontologia médica? A comunidade amazonense não sabe, já que em pleno o pique da pandemia Codid-19, as recém-formadas-médicas, irmãs-gêmeas da família emburguesada Lins, furaram a fila da vacinação na maior e e ainda postaram tirando sarro da população.
Mas é preciso não esquecer que esse estado clínico da Medicina, tem um arcaico suporte: o Conselho Federal de Medicina (CFM) que sempre foi reacionário. Não tem qualquer signo progressista que sirva para que os charlatões diminuam suas fúrias. No tempo da ditadura militar-civil ficou calado, até sabendo que médicos estavam auxiliando torturadores e torturando. Os médicos (?) Harry Shibata, que assinou o laudo-falso afirmando que o jornalista Vladimir Herzog havia se suicidado, quando fora assassinado, e o psiquiatra Amílcar Lobo que torturava presos políticos, foram alguns estruturados como aberrações. Agora, com refundação da Democracia, a Saúde Pública, espera que o CFM se mostre uma entidade-profissional devirianamente Democrática.
Todavia, é imprescindível se desenvolver um programa de orientação da população para se defender contra essa violência-aberrante promovido por esse estado clinico, lhe informando que o bom atendimento-médico é um Direito-Humano-Democrático. E, também, apesar de toda a força do corporativismo da profissão, procurar médicos-humanizados-vocacionados para que eles, de leve, digam quem são os inimigos da profissão e da Saúde Pública. Não é negação da deontologia-médica e nem deduração, visto que quando os falsos-médicos atacam, atacam para valer e deixam o rastro do mal feito. A ferida já foi aberta e o paciente é mais uma vítima irrecuperável.
Como diz o decifrador de enigmas, Cognoscível Hipócrates da Luz: É fácil saber quem é falso-médico, ele tem muita lábia, muita gesticulação, não olha nos olhos do paciente, tem flutuação de ideias e desrealização do real. Se for possível, pergunte em quem ele ou ela votou, qual a música que gosta, se assiste BBB, Telenovela, se gosta da Disney, qual a igreja – religião,não. Eles não têm -, onde cursou a Faculdade de Medicina, e por aí vai. Simples perguntas cujas respostas externalizam quem são esse inimigos da Saúde Pública.