LEMBRANÇA DE MARX AOS LÚMPENS ESTÉTICOS-INTELECTIVOS-ÉTICOS BOLSONAROS, GOLPISTAS E A BURGUESIA-CAPITALISTA-IGNARA
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A Política, como condição Ontológica do Ser-Humanidade que se Fundamenta como Essencialidade-Existencial, já demonstrou que nem todos que nascem conseguem atingir a Dimensão-Democrática do Viver-Comunalidade. São os desprovidos dos Corpus-Constitutivos do Desejo que foram degenerados em seus percursos. Entretanto, estes perambulam pelo Mundo entulhando os Territórios do Existir-Humano, mas, sem nunca, atingi-los, pois são os lúmpens Estéticos-Intelectivos-Éticos.
A parte representativa da Humanidade-Brasileira ficou perplexa ao saber da depredação que a família Bolsonaro causou nas dependências do Palácio da Alvorada, Granja do Torto, Palácio do Planalto avariando móveis, paredes, obras de artes, espelho de água, matando carpas e roubando moedas, além de se apossar de alimentos como carnes, camarões, lagostas, ostras e outras formas de alimentação. Como se fossem providos das partículas-gustativas para experimentares, com prazer, os sabores dos seres do mar.
Depois ocorreu a depredação dos prédios dos Três Poderes materializada pelos delirantes-bolsonaristas que, entre outras destruições, avariaram, também, obras de artes, móveis, além dos próprios prédios, que, em seus corpus-arquitetônicos, são em si obras de artes.
Diante dos espetáculos-degenerantes é preciso, afetiva e cognitivamente, não tomar posição reducionista contra os efeitos Bolsonaros, como se eles fossem a única representação lúmpen Estética-Intelectiva-Ética do Brasil impossibilitados de vivenciarem Objetos-Ideias-Artísticas. Não! A burguesia-capitalista-ignara também é estruturada pelas mesmas matérias inumanas. Não possuem essencialidade para vivenciarem os corpus-estéticos, visto que a verdade dela é matéria-monetária: dinheiro-lucro.
Um breve exemplo de Marx: Um burguês-capitalista tem uma filha que toca piano. Um dia, ela o convida para assistir um concerto que ela vai apresentar. Muito contra gosto ele vai. Depois do espetáculo ela pergunta para ele se gostou. E ele, responde: É… Mas para que serve isso?
E Marx, continua: Diante de um mineral, o burguês-capitalista vê apenas o valor-econômico do mineral e não “a beleza e a natureza peculiar do mineral; ele não tem sentido mineralógico”. Ele só imagina o valor econômico do mineral, ao contrário de quem tem o sentido mineralógico observa a composição do objeto-natural.
E Marx, debocha: “O homem rico é simultaneamente o homem carente de uma totalidade da manifestação humana de vida. (…) Pois não só os cinco sentidos, mas também os assim chamados sentidos espirituais, os sentidos práticos (vontade, amor, etc.), numa palavra sentido humano, a humanidade dos sentidos, vem a ser primeiramente pela existência do seu objeto, pela natureza humanizada. (…) Portanto, a objetivação da essência humana, tanto do ponto de vista teórico quanto prático, é necessário tanto para fazer humanos os sentidos do homem quanto para criar sentido humano correspondente à riqueza inteira do ser humano e natural”. Nada que possa corresponder aos lúmpens.
Duas exibições despudoras destas lumpanadas. Uma: Discussão com membros da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), sobre de quem era uma obra, se de Burle Marx, que nasceu em 1909, e teve obra depredada pelas degenerações, ou de Karl Marx, que nasceu em 1818. Logo, FIESP a final flor da riqueza-burguesa-nacional. Duas: O governador de Roraima, bolsonarista AntonioDenarium, blasfemando que uma pessoa não ia morrer de fome quando poderia vender um quadro de Picasso. Como se fosse envolvido pela dimensão política-estética picassiana. Se fosse, não seria antidemocrata.
Em função de seu poder-econômico, a burguesia-capitalista-ignara, para dissimular sua condição lumperenta, compra obras de artes para exibir aos seus iguais. Doce-amarga ilusão: não muda nada em suas estruturas estéticas-intelectivas-éticas. Continua casca grossa. Como afirma o crítico de Artes, Trisco Pop: Continua a mesma reculhamba.
Pegando o Movimento Real debochante de Marx. Em 1974, nós do Grupo Universitário de Teatro do Amazonas (GRUTA), fomos apresentar a comédia, O Novo Otelo, de Joaquim Manuel de Macedo, em uma escola pública de Manaus. Os estudantes todos alegres, porque não ia ter aula, ia ter teatro. Começamos a falar sobre o tema da peça que conta o interesse do personagem Calisto por teatro e ensaiava o Otelo de Shakespeare. Então, o diretor da escola interferiu e começou a agredir os alunos chamando-os de tapados, burros, que não liam nem jornal, e que não sabiam nem quem era ‘Cheidipira’. Uma garota alegre e bela (toda inteligência é alegre e bela), mandou ver no inglês do nazifascista-diretor: “‘Cheidipira’ é uma pessoa cheia de pira. Mas, Shakespeare, é uma dramaturgo inglês”. Gargalhada shakespereana-geral.
Como diz a socióloga Totinha do Beiradão: O diretor era o exemplo cristalino da sensibilidade, inteligência e ética da ditadura militar-civil que oprimia o povo-brasileiro. Uma espécie de antecipação da ditadura bolsonarista representada por mais 59 milhões de eleitores.