EDITOR DO WIKILEAKS PEDE A LULA QUE AJUDE NA LUTA PELA LIBERDADE DE ASSANGE

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Kristinn Hrafnsson, editor-chefe do Wikileaks. Foto: Wikimedia Commons

Kristinn Hrafnsson, editor-chefe do Wikileaks, está no Brasil e tenta um encontro com Lula para buscar apoio no caso de Julian Assange, fundador da plataforma que está detido no Reino Unido, na prisão de alta segurança de Belmarsh.

“Agradeceria se Lula e seu governo participassem dessa iniciativa que estamos tentando impulsionar a médio prazo, enviando uma mensagem urgente à Casa Branca. Petro já concordou em fazê-lo e insta outros a segui-lo. Seria um primeiro passo, e espero que outros sejam dados, em termos diplomáticos”, afirmou Hrafnsson em entrevista à Folha de S.Paulo.

Antes de vir ao Brasil, o editor-chefe do Wikileaks passou pela Colômbia e conversou com Gustavo Petro para buscar apoio à causa. “A América Latina está em uma importante encruzilhada. Há ventos de mudança, e decidimos que este é o momento certo para bater às portas e pedir aos políticos que venham nos apoiar. É hora de pressionar o governo Biden e dizer a eles para recuarem”, prossegue.

Assange enfrenta acusações de espionagem e, em junho, o governo britânico aprovou sua extradição para os Estados Unidos, onde pode ser condenado a até 175 anos de prisão. Para Hrafnsson, “não é um caso legal” porque “as leis são distorcidas, todo o arcabouço se baseia em um fundamento de assédio público”.

“É de extrema urgência que conquistemos apoio político em todos os níveis, para instar o governo dos EUA a interromper isso —não só o pedido de extradição, mas todas as acusações. O apoio à causa de Julian, que era quase inexistente, agora cresceu. É reconhecido que se trata de um grave ataque ao jornalismo”, aponta.

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