PROMETEU APRESENTA O DIAGNÓSTICO POLÍTICO DO NAZIFASCISTA-BOLSONARISTA: SEMI-HUMANO. SINTOMA: IMPOSSIBILIDADE DO DIÁLOGO-DEMOCRÁTICO

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PRODUÇÃO AFINSOPHIA.ORG

 

Antes de nosso encontro-spinozista com Prometeu, é necessário um percurso sobre o significado de Cultura como a Essência da Civilização.

 

Cultura é uma palavra-conceito de origem latina chamada Colere. O ato de cultivar. Cult. Como ato de cultivar encontra-se diretamente, em sua práxis e poieses, encadeada com a criação agrícola: cultivar a terra. O agricultor ao cultivar a terra, em composição com ela, faz surgir o novo: o vegetal necessário à Vida.

 

Como é fácil observar, o agricultor para fazer brotar o novo, como vegetal, ele faz uso de sua Sensibilidade e Inteligência. Ou seja, seu conhecimento sobre a composição da terra, o clima, e a semente que ele quer fazer brotar como alimento. A cultura tem uma relação direta com o sentido de Educação. O agricultor é um Educador. Assim, não há como se tornar um Ser-Cultural sem as faculdades Sensível e Intelectível que ao serem elevadas à Dimensão Social se transformam em Princípio Ético.

 

São essas duas faculdades, imprescindíveis para o homem se tornar Humano, que o intrépido Titã Prometeu, filho de Jápeto e irmão de Epimeteu, tenta ofertá-lo para que ele saia de sua condição semi-humana imposta por Zeus, que, próprio Prometeu, ajudara a destruir seu pai Cronos que devorava todos seus filhos quando nasciam. Por essa ajuda, Zeus, concedeu-lhe a imortalidade.

 

O mundo era dividido entre os deuses imortais e os mortais. Os irmãos de Prometeu criaram os animais e lhes concederam alguns talentos, porém, ao homem não lhe foi concedido talentos. Foi, então, que a deusa Atena, decidiu conceder também talentos para o homem como a força e a astúcia. Mas, Prometeu não aceitava a vida que homem levava comendo raízes, frutas e vivendo em cavernas. Para ele, Zeus, era o grande responsável por essa realidade humilhante.

 

Preocupado com a condição do homem, Prometeu resolveu se apropriar do Fogo das Ciências e das Artes que Zeus guardava muito bem protegido, para entregar ao homem para que ele pudesse, através das Artes e dos Conhecimentos, criar sua Humanidade. E, assim, ele fez: roubou o Fogo das Ciências e das Artes e entregou ao homem.

 

Zeus, se sentindo traído, condenou-o ao castigo de ser acorrentado em um penhasco onde todo dia um abutre vinha comer seu fígado. Passado algum tempo, Héracles lhe libertou. Entretanto, o que nos interessa é o diagnóstico de Prometeu sobre os nazifascistas-bolsonaristas. Quem se interessar por mais conteúdos pode procurar a trilogia das tragédias do teatro-grego, de Ésquilo sobre Prometeu.

 

Pode-se entender que Prometeu era um ser boníssimo, muito preocupado com a Cultura que criaria a Civilização e, consequentemente, a Humanidade. Todavia, movido por sua bondade, inicialmente, ele acreditou profundamente que essa nova realidade atingiria todas a mulheres e homens. Mas logo, tristemente, ele percebeu que algumas mulheres e homens, ao receberem o Fogo das Ciências e das Artes, não possuíam os corpus-constitutivos que pudessem lhes auxiliar comunitariamente como seres produtivos em vista de suas alterações filogenéticas, atrofias, que não lhes possibilitariam vivências que as levariam à ordem da Dimensão-Humana. O filósofo, Sartre, diria que não tinham nem o veio e nem as ferramentas para criar artisticamente e nem cientificamente. 

 

Neste estado, não foi possível o desenvolvimento dos Sentidos para lhes permitirem a criação Artística, e o desenvolvimento da Inteligência para a criação Científica que seriam distribuídos, como Estética e Conhecimento, na Comunidade-Humana. E que, também, a atrofia-constitutiva, impediu o desenvolvimento da linguagem, como corpus-social, necessário para a pratica do Diálogo-Político-Democrático, confirmando, desta forma, o predomínio nelas, apenas da força animal e uma nesga de astúcia. 

 

Entretanto, estas mulheres e homens, souberam da distribuição do Fogo das Ciências e das Artes por Prometeu. Com essa informação, passaram a creditar que também foram atingidos por esses dons prometeicos, e logo a vaidade e o  orgulho se tornaram conteúdos de suas consciências-atrofiadas. Fantasiaram que faziam parte da ordem da sensibilidade e inteligência prometeica. Como trata-se de uma fabulação, na linguagem-bolsonarista, uma mentira, eles passaram a reivindicar direitos individualistas, egoístas, de classes, voltados só para seus benefícios. Nada comprometido com a Comunalidade.

 

Zeus, preocupado, invejosamente, com o resultado do feito de Prometeu, referente ao homem, mandou Hermes, seu mensageiro, procurar saber sobre o desfecho. Hermes, como bom mensageiro, já sabia do ocorrido, e disse que a missão de Prometeu não fora de toda frutífera: alguns homens e mulheres permaneceram no mesmo estágio animal.

 

Prometeu, que era além de Titã, era um sábio, excelente conhecedor de Genética e Psiquiatria-Materialista, profundamente triste, teve que apresentar o diagnóstico dos nazifascistas-bolsonaristas: sujeitos-sujeitados produtores da mais cruel cultura-predadora. Não atingiram a Dimensão da Cultura-Democrática. Continuam semi-humanos! 

 

Porém, o afeto-triste logo foi dissipado em Prometeu: Com uma contagiosa gargalhada, ele, bradou: Mas pelo menos a maioria dos Brasileiros soube usar o Fogo das Ciências e das Artes e, com suas POTÊNCIAS, criaram a POLÍTICA-DEMOCRÁTICA! 

 

Perdeu, perdeu, Zeus!

 

 

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