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Lula sempre diz que “Bolsonaro é um mentiroso compulsivo”. Na semiologia psicanalítica significa, Mitomaníaco. Impulso-Neurótico para mentir. Fabular, criar narrativas irreais que buscam negar a constituição das relações dos sujeitos constitutivos da Sociedade.

 

Muito diferente do sentido grego, em que Mito é uma história. Uma narrativa-pedagógica que o filósofo Platão recorreu para expor seu pensamento e o pensamento do filósofo Sócrates. Em Antropologia Cultural, Mito significa História de Origem do Aparecimento de um Povo. Cosmovisão. Nada com o sentido psicanalítico.

 

Em seus traumas-psíquicos, os bolsonaristas o alcunharam de mito tentando lhe conferir um poder que ele não tem e nunca terá. Uma superioridade-fantasiada ou delirada que lhes servia para acalmar seus sentidos de insignificância existencial se identificando com uma fantasmática-autoridade dada ao existir vazio e solitário deles. Em função de seu eu-imaginário, caiu bem em Bolsonaro. Ele então colocou em ação suas mentiras.

 

Sabe-se que a mentira, porque é mentira, é um recurso imaginário que o mentiroso usa para tentar dissipar uma realidade que é muito ameaçadora ao seu fraco-eu. Ele alucina e delira que ao negar a realidade ela desparece e ele fica livre da ameaça que lhe é cruel. A mentira também é a corrupção da faculdade ÉTICA do mentiroso usada em sua relação social. Todo mentiroso é socialmente aético. 

 

A mentira também é uma ilusão, já que ela faz prevalecer no mentiroso a sua subjetividade como negação da experiência do real. Quer dizer: o mentiroso cria um duplo do real. Que não é real, mas ele acredita. Todavia, para que o mentiroso possa acreditar no objeto e no conteúdo de sua mentira, ele tem que ter alguém que acredite nele. É como o orgulhoso. O orgulho é uma ideia que alguém tem de si mesmo além do que ele é, mas para ele acreditar precisa dos bajuladores. Sem bajuladores ele não acredita que é importante, diz o filósofo Spinoza.

 

Quando o mentiroso não tem quem sustente sua mentira, ele se desmorona, pois o real se impõe diante de sua percepção negando sua alucinação e delírio. É a dor fatal do mentiro. Morrem a mitificação e a ilusão. Aquilo que era apenas um impulso neurótico passa a entrar na ordem da psicose-paranoica.

 

Assim, como ontem, dia da eleição, hoje é um dia de grande sofrimento para Bolsonaro. Ele não desapareceu ontem, dia 30, por capricho ou pirraça. Ele desapareceu porque não tem mecanismo de defesa para suportar o PRINCÍPIO DE REALIDADE-DEMOCRÁTICA que se impôs diante de si. Ele tem um ego-fragilíssimo. Esse o motivo de sua constante exibição de valentia. Quando no real ele tem pavor do MUNDO. Tudo não passava de um exibicionismo-infantilizado que seus mitificadores se alimentavam para fugirem, também, do REAL.

 

Como se diz na gíria: ele se encontra arriadaço. Desolado, caído, porque não pode recorrer a nada para mudar a REALIDADE: Sua DERROTA diante das POTÊNCIAS-DEMOCRÁTICAS.

 

Ele pode tentar mentir de todas as formas para destruir a REALIDADE, mas sua mentira não encontrará crença na SOCIEDADE BRASILEIRA que hoje se impõe em sua SINGULARIDADE-POLÍTICA e ela jamais será destruída. Simplesmente por que ela é a VERDADE. E nenhuma mentira pode destruir a VERDADE. Como diz a Filosofia-Moral, “pode até ocultar por algum tempo, mas nunca destruí-la”.

 

Ainda mais, quando a VERDADE é a DEMOCRACIA!

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