EU VIVO NA MELHOR CIDADE, ONDE HÁ PROSPERIDADE E ENCANTOS MIL. EU VIVO NO PRIMEIRO MUNDO, MANAUS MAJESTOSA, RAINHA DO BRASIL

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PRODUÇÃO AFINSOPHIA.ORG

 

    Para a Singela-Adolescente Dialética-Aniversariante, Vitorinha Lopes, por seu Democrático Primeiro-Voto.

 

Em grego, Cidade é Polis. Polis origina Política. Política é a condição de Existência de todos que vivem na Polis. Assim, são Políticos todos habitantes da Polis. O que levou o filósofo grego, Platão a escrever sua obra, Politeia, onde coloca o Filósofo como o mais indicado governante da Polis em função de sua Sabedoria, sua Honestidade e sentido de Justiça. Porém, os romanos traduziram a Politeia para República. República, toca diretamente no sentido Cidade: Res = Coisa+Pública. República é forma Política de Governo para todos. Que não se distancia do sentido grego de Demo, Povo. Que possibilitou a criação da Ideia-Democracia. O Regime dos iguais em suas pluralidades-diferentes.

 

Para existir uma cidade não basta um território demarcado, habitado por pessoas. É necessário que esse território proporcione por seu habitantes, aos seus habitantes, com seus governantes, as condições fundamentais para existências gratificantes destes habitantes como emprego, alimentação, água, energia-elétrica, habitação, educação, saúde, transporte, entretenimento, segurança, em forma de Direitos-Justos que se configuram em Leis como Estatuto-Civil da Cidade-Estado.

 

E são destes Direitos-Justos, que trata o filósofo Spinoza, que concede aos habitantes o título de Cidadão. O que significa: só existe Cidade quando seus habitantes têm assegurados esses Direitos-Justos que os tornam Cidadãos. Caso contrário, não existe Cidadãos e muito menos Cidadania. Mas sujeitos que perambulam fantasiando que são Cidadãos, porque existem as instituições. Mesmo que, com seus estamentos, não funcionem como ativadoras de Fluxos-Cidadania.

 

Manaus, é chamada de Cidade, como muitas, mas, em função de sua deplorável realidade a-histórica, não é Cidade. Consequentemente, seus habitantes são chamados de Cidadãos somente pela força Constitucional da Linguagem-Coletiva. E alguns reflexos-jurídicos com CPF, Carteira de Identidade, impostos pagos,etc. Essa condição é produto da inexistência em sua trajetória de uma real prefeitura. Ou melhor: um real prefeito que sintetizaram Cidade em administração, burocracia e estrutura-jurídica.

 

Nenhum prefeito de Manaus, principalmente no pós-ditadura, sabia e sabe, que em sua essencialidade, Cidade é o resultado da relação-social de seus habitantes. E muito menos sabia e sabe o que significa Urbe. Muito menos, mais ainda, que uma Cidade é produtora Ontológica dos corpos Materiais e Imateriais. A Visibilidade-Objetiva e as Ideias que criam as realidades Afetivas e Cognitivas de seus habitantes. Seus Modus de Ser.

 

Eles não sabiam e não sabem que os prédios, as ruas, as calçadas, os logradouros públicos, as praças, etc, são corpos produtores de modus de ser urbano. Determinam afetos nos habitantes. Muito das angústias urbanas não são produzidas por violência criminal, mas por esses corpos que não são tidos, por essas administrações, como portadores de elementos afetivos e cognitivos.

 

Manaus, sofre dessa patologia-social crônica. É por essa cruel realidade que ela têm uma parte de sua população que se identifica com um candidato como Bolsonaro, que prega o ódio, a inveja e a vingança, e lhe concedeu mais 53% dos votos no primeiro turno da eleição-presidencial.

 

E não foi à toa, que elegeu como governador um candidato apresentador de TV de programa com conteúdos violentos como forma de exploração da miséria da população proibida de exercer seu Direito-Justo para ser tida como Cidadã, e é apoiado e apoia Bolsonaro. E que hoje, dia 24, data que é tida como do aniversário de Manaus, formam a trindade juntamente com o a-prefeito, David Almeida. Como diria o jornalista-filósofo, Mino Carta: Tudo a mesma sopa!

 

Essa trindade, não sabe que aniversário significa movimento-criativo, passagem para outra realidade-superior, deixando um passado por um presente gratificante, rico e prazeroso. Por isso, ser aniversariante tem um sentido Filosófico: Movimentar-se -Consubstancialmente em Fluxos-Mutantes e Quantas-Desterritorializantes, como processual Estético-Ético-Comunalidade. FESTA!

 

Hoje, como há décadas, não há festa em Manaus. Apesar, dos que sequer sabem o que é Democracia, acreditarem que é dia de festa. Se há festa, não é na Cidade-Manaus, mas na projeção-abstrata fantasmagoricamente recorrida para estabelecer a ilusão da alegria-vazia. Não há festa, porque a MANAUS-REAL se encontra ocultada, soterrada, impedida de emergir com sua NATUREZA-REVOLUCIONÁRIA-CIDADÃ.

 

Mesmo com essa miséria, a parte Democrática da população acredita na ALETHEIA de MANAUS. O DIA que em ELA irá EMERGIR como REVELAÇÃO através da POTÊNCIA-POVO elegendo a SI-MESMO como seu GOVERNANTE!

 

Então, nesse DIA, MANAUS SERÁ ANIVERSARIANTE. E o passado-fantasmado não será por nenhum momento lembrando, pois não se tornará MEMÓRIA.

 

Agora, escutem o áudio que mostra a alucinação e o delírio dos que acreditaram e acreditam ser Manaus. Trata-se de uma música encontrada no CD-ROCK CABOCÃO cujas letras fazem uma síntese-irônica desta fantasmagórica Manaus.

 

Letra

 

“Eu vivo na melhor cidade

Onde há prosperidade e encantos mil

Eu vivo no primeiro mundo

Manaus, majestosa, Rainha do Brasil.

Nasci e me criei na terra

Nem em sonho penso um dia partir

As aves das outras cidades

Não gorjeiam como as aves daqui.

No nosso povo ordeiro,

Trabalhador, companheiro

É a alavanca social

E nossos governantes fazendo a história

São exemplos da vitória 

Do Socialismo Tropical.

Seguro andando nas ruas

O turista diz que vencemos Paris.

Não há menor abandonado, louco e desempregado

Fedendo em seu nariz.

Lazer é direito de todos

Teatro, cinema, diversão geral.

As classes todas irmanadas

Depois do trabalho, fazem o carnaval.

Foi tão fácil chegar ao Paraíso

E nem foi preciso

A gente morrer.

Seguimos de perto

As palavras dos mestres

Entre crenças e preces

Rumo ao Supremo Ser.

Agora somos invejados

E de todos lados

Surgem acusações

Produtos dos incompetentes

Das mentes doentes

Lacaios dos patrões.

Enquanto os cães ficam ladrando

Nós passando

Somos campeões.

Vencemos os Capitalismo

O câncer da história o deus 

De todos os ladrões”

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