SABE-SE QUE BOLSONARO TEM SENTIDOS CONFUSOS, INTELECTO CENSURADO, MAS AFIRMA QUE OS NORDESTINOS SÃO ANALFABETOS E NÃO TÊM CULTURA. PERGUNTA-SE: E A CLASSE MÉDIA, COM CURSO SUPERIOR, QUE VOTA NELE, É O QUÊ?

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Para o filósofo Nietzsche, tratando-se da práxis da linguagem, existem dois tipos de sujeitos: o que fala o que superou, e o que tagarela. Fala por falar. O primeiro, é o sujeito livre que usa a linguagem para ultrapassar o que se encontra posto como verdade intransponível. O segundo, é o sujeito cativo cuja linguagem tem a função de apenas repetir o que se encontra posto. Em função desta redução linguística, ele só se relaciona com os que fazem parte de sua comunidade linguística. Os seus parentes e aderentes, também sujeitos cativos imobilizados. Meros repetidores. Ecolálicos.
Como é fácil perceber e entender, Bolsonaro é partícipe dos sujeitos cativos: os restringidos-linguisticamente. Como a linguagem expressa, através de seus signos, valores-existenciais. Bolsonaro, ao tagarelar, expressa claramente o que é: seus sentidos confusos, e seu intelecto censurado. Em síntese: não fala, é mudo, sofre de afasia. Em sentido mais cativo: é alienado-linguístico.
Ao levar uma soberba surra-democrática dos eleitores da Região-Nordeste no pleito do dia 2, como é invejoso, odiento e vingativo, afetos tristes que mais cultiva, em função de seus sentidos e intelecto que o tornam um sujeito-cativo sem práxis e poieses Ética-Comunalidade, resolveu se tomar como pedagogo, educador (Paulo Freire, gargalha), antropólogo e sociólogo, e classificar os Democratas-Nordestinos de analfabetos e sem cultura, porque votaram no Genial-Democrata, LULA-LÁ!
Uma classificação com saborosos ingredientes para tirar sarro, já que trata-se de um analfabeto-funcional, tal sujeito-cativo. Bolsonaro, como se constata, é destituído de qualquer elemento-epistemológico que possa lhe auxiliar em uma simples análise de uma partida de futebol. Tema que qualquer torcedor é craque como analista. Destemperado, bruto, violento, pornofônico, jamais poderia saber o que é Educação e desenvolvimento-mental-intelectivo-motor como processual de alfabetização, como afirmam Piaget e Vygotsky. Personagens do universo filosófico-científico-cognitivo, que ele nem sequer desconfia de suas existências.
Referente ao conceito de Cultura, repete o mesmo sentido irracional que seus eleitores usam. Não sabe – não pode saber – que, ao contrário de Civilização, que é tida como o conjunto das práticas cotidianas de respeitabilidades das mulheres e dos homens em sociedade através de seus usos, costumes e tradições, como moralidade recíproca, daí seu caráter permanente, para Freud, produto da repressão dos instintos, Cultura significa colere, cultivar, fazer brotar como ocorre na agricultura. No sentido essencialmente relativo à Política-Vida, Cultura é o Movimento-Dialético que levou os humanos a se afastarem da Natureza, sendo Natureza, ao criarem o mundo dos objetos e ideias que lhes servem para continuar sua Condição de Seres-Racionais.
Como Movimento-Dialético, Cultura é revolucionária, pois seu espírito é subvertedor do que se encontra imobilizado. É sempre um Vir-A-Ser como mutação, contínua metamorfose. Sempre o Novo. Essa a Razão-Revolucionária que levou o chefe da propaganda nazista, Goebbels, revelar seu medo, ao ouvir a palavra Cultura: “Quando escuto a palavra cultura tenho vontade de sacar a pistola!”. A Cultura modifica o estado de coisa estabelecido. Principalmente o estado de coisa ditatorial, conservador, reacionário.
Bolsonaro, com sua afirmação estupidamente preconceituoso e xenofóbica, tenta ocultar o visível despudor e irracionalidade de seus eleitores classe média, que embora com curso superior, o que para ele representa uma classe alfabetizada e culturalmente desenvolvida, não expressa qualquer Consciência-Política-Democrática, mas, o contrário, a ignorância e o culto da tirania-fascista. A exacerbação-narcísica-absoluta da alienação-pervertida.
Como diz o filósofo Zé da Zilda: Uma mentalidade dominada pelos pruridos-psíquicos dos gêmeos Alucinaldo e Deliriowysky.
E por sua vez, como afirma a analista-política, Leninha da Rosa: E se prepara que dia 30 o Padim Padre Ciço vai baixar nas caatingas irmanado com Glauber Rocha, Corisco, Dadá, Lampião, Maria Bonita, Belchior, Castro Alves, Gonçalves Dias, Irmã Dulce, e outras e outros Democratas para a surra ser maior e o couro dos fascistas arder no Fogo do Voto Libertador do Brasil!