O VOTO É O ATO-DEMOCRÁTICO MAIS REAL DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA
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O Estado, desde sua formação-histórica, sempre foi um Corpus determinador e mediador da condição-social das mulheres e dos homens. Foi ele quem estabeleceu a obrigatoriedade do sujeito ser sujeito da Certidão de Nascimento, Carteira de Identidade, CPF, Carteira de Trabalho, Título de Eleitor, documentos que ele controla, de acordo com seus interesses, a aferição da existência de todos através de seus poderes técnicos, burocráticos e jurídicos.
Entretanto, de todos estes documentos o único que escapa de sua autoridade-sintética de mediação como poder-sujeitador, é o Título de Eleitor. Os outros documentos são todos mediados em suas práticas, pelo Estado. Mas, o Título de Eleitor transcende esta mediação-determinante.
É muito simples de entender: o Título de Eleitor não termina nele mesmo, como os outros documentos agidos pelo Estado. Ele só se fundamenta através de sua Potência-Revolucionária que o Estado não consegue dominar: O VOTO. É a Emancipação-Política da mulher e do homem, em uma Sociedade-Democrática. O VOTO foi a primeira ação-revolucionária do Povo que abalou a força do capitalismo através de suas duas principais categorias: a riqueza e a propriedade privada, como nos mostra Marx.
No momento em que o privilégio do voto era penas de quem tinha teto, dinheiro, a classe-capitalista dominante, o Povo não podia se tomar como Potência-Política-Emancipada. Mas, é exatamente quando ele se emancipa através do Ato-Democrático de VOTAR que ele produz sua identidade além da força dominante do Estado. Daí, entender-se a Potência-Revolucionária da Emancipação-Política das Mulheres e dos Trabalhadores de serem Agentes-Políticos de seus Destinos-Históricos que o Estado não pode controlar e impedir.
Quando vemos e ouvimos os programas eleitorais é que concordamos concretamente com Marx, quando ele afirma que: “Antes de poder emancipar os outros, precisamos emancipar-nos”. Como emancipar os eleitores das correntes que lhes aprisionam na miséria pública econômica, saúde, educação, emprego, segurança, entretenimento, transporte, etc., se a maioria dos candidatos não é emancipada politicamente? Não sabe a Dimensão-Política do VOTO? Quando percebemos por seus enunciados e gestos que não passam de escravos da modelização coisificante do significado de Política?
Como que um candidato que tem como modelo de inspiração uma personagem sem qualquer Princípio-Democrático, como da direita, extrema-direita, nazifascistas, pode se apresentar como qualificado Democraticamente para emancipar o eleitor de suas correntes de misérias se ele não conseguiu sua Emancipação-Politica? Jamais entendeu o Sentido-Histórico-Revolucionário do VOTO? Não sabe que escravo não liberta escravo?
Amanhã, dia 2 de outubro (Que MÊS!), é dia de eleição. O dia em que o VOTO mais do que nunca, na História do Brasil, precisa de sua Práxis e Poieses Revolucionária da mesma forma que se expressou diante da arrogante e irracional consciência-capitalista-burguesa do século XIX com sua política-econômica-liberal tida como democracia-representativa, cujo liberalismo era só em seu benefício.
Amanhã é dia do VOTO se afirmar como o Ato-Democrático mais Real de Emancipação-Política! O resto é somente estupidez, arrogância e ambição-narcísica antidemocrática.