PRODUÇÃO AFINSOPHIA.ORG 

 

O filósofo da Liberdade, o francês Jean Paul Sartre, afirma que todo homem é responsável por suas escolhas. O que significa que toda escolha implica o homem ou a mulher que escolhe, porque a escolha é constituída de corpos produzidos pela experiência que propiciam o surgimento das ideias-representativas que, na prática, se expressam como valores éticos. Daí que a escolha é a projeção do em-si de quem escolhe no mundo.

 

Escolher é se assumir como um ser-no-mundo responsável por essa escolha no mundo. É mostrar seu modus-de-ser constitutivo em sua pessoalidade-mundana. O seu Estar-No-Mundo-Como vontade, responsabilidade e compromisso. Não há como escapar: escolher é se materializar na exterioridade diante do Outro com sua subjetividade que se torna objetivamente-mundana. 

 

O que Sartre quer dizer, é que toda minha escolha é minha confirmação de mim-mesmo como projeto-existencial autêntico ou malogrado. Projeto-existencial autêntico quando escolho como sujeito-histórico. Projeto-Existencial-malogrado quando escolho como sujeito a-histórico. Como ocorre com o burguês cuja escolha não é histórica, mas de classe-dominante.

 

Assim, pela perspectiva do filósofo Sartre, toda escolha do eleitor por um candidato é a transferência de si mesmo para este candidato. Na linguagem psicanalítica se diz deslocamento-projetivo. Se o candidato é nazifascista, negacionista, fascinado pela pulsão de morte, racista, misógino, homofóbico, favorável à tortura, dotado de limitação sensitiva, intelectiva e ética, uma aberração, usa o nome comunismo para amedrontar os carregados de culpa, e o eleitor o escolhe como candidato é porque ele se identifica com esse modus-de ser. Tem noções-comuns com ele que lhes são valorativas e nem quer saber se ameaçam profundamente a Democracia.

 

O contrário, quando o eleitor escolhe um candidato Democrata ele se engaja na produção de um modus-de-ser-coletivo compromissado diretamente com o Bem-Comum. Que é singularmente produção das Potências de Todos que se fizeram Cidadãos, historicamente, responsáveis pelo Estar-No-Mundo comprometido.

 

Nas duas formas de escolhas, se determina o diagnóstico da Saúde Mental dos eleitores. Ou, de grande parte da Sociedade. Na primeira escolha percebe-se que o diagnóstico indica para a psicopatologia-coletiva. Um momento em que impulsos-neuróticos, ou psicóticos, sado-masoquista dominam o Ego-Social onde os mecanismos de defesa do Ego-Social falharam e os impulsos de destruição passaram a dominar.

 

Foi o Quadro-Sintoma expressado pelas Neurose-Histérica, Neurose de Angústia, Neurose-Obsessiva e a Paranoia provocado pelos mais de 56 milhões de eleitores que votaram em Bolsonaro. Na linguagem psicanalítica, significa que as pulsões-inconsciente de morte invadiram o Ego-Social impedindo a Existência-Vital de se movimentar em forma de Práxis e Poieses. Foi a repressão-cruel sobre a Narcisismo de Vida de Eros. A negação do Amor. Esta a razão da enfermidade que passa a sociedade brasileira, já que, embora sejam os eleitores quem escolhem os governantes, entretanto, a escolha recai sobre toda a Sociedade-Brasileira.

 

Daí, ser necessário que o eleitor saiba que as eleições representam o importante momento de analisar a Sociedade e ele, eleitor, é um psicólogo, um psicanalista, um psiquiatra, um esquizoanalista que com seu voto é responsável pela Saúde Mental da Sociedade. E, em Política, só há uma forma de produzir o insight da Saúde Mental: Votando em Candidato Democrata.

 

Votar em Candidato Democrata é a escolha que compromete o eleitor, já que seu Voto é um Ato Político-Social como Ipseidade-Alteridade: EU E O OUTRO Como-Mundo.   

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.