LUIS NASSIF: FATOR BOLSONARO PODERÁ IMPULSIONAR MAIS AINDA O ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO (IPCA)

As maiores altas do mês fora Vestuário, Transportes e Saúde. Mas o maior impacto foi, pela ordem, Transporte, Alimentação e Bebidas e Saúde.
Não há indícios de que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) irá refluir nos próximos meses.
Há um quadro internacional de alta do dólar e de fuga das aplicações de risco. Nem se fale da queda generalizada das criptomoedas. Mas o real estará nessa faixa de risco devido à alta da inflação e às dúvidas sobre as tentativas golpistas de Bolsonaro e seus militares.
A elevação da Selic reflete esse aumento do risco, tentando manter o fluxo de dólares sob controle. Será pouco para que os investidores enfrentem o risco Bolsonaro.
Um check up do IPCA mostra a disseminação das altas, conforme você poderá conferir
Em maio, a alta foi de 0,47% no mês, 11,73% em 12 meses, contra índice mensal de 1,06% e de 12 meses de 12,13% em abril.
Pode parecer um refluxo. Afinal, foi inferior a maio de 2021, que fechou em 0,83% e em . Mas foi o maior índice trimestral desde maio de 1995, o maior semestral desde maio de 2015 e o maior anual
As maiores altas do mês fora Vestuário, Transportes e Saúde. Mas o maior impacto foi, pela ordem, Transporte, Alimentação e Bebidas e Saúde.
Ponto importante são os índices de disseminação, que mede o comportamento de todos os produtos levantados pelo IPCA. Em maio houve uma pequena queda no número de altas – de 283 em abril para 273 -, e peuena alta nas quedas – de 71 para 85.
Ponto importan |
Quando se mede pelos subgrupos, permaneceu alta em 40 deles e houve redução no númro de quedas, de 8 para 7.
Na conta anual, destaca-se a Saúde, com 19,92% de alta – e será mais pressionada ainda pela alta dos planos de saúde autorizada pela Agência Nacional de Saúde. Na sequencia, entram Transportes e Vestuário.