BARROSO DISSE QUE BOLSONARO TEM “LIMITAÇÕES COGNITIVAS”. INTERESSADOS PERGUNTAM SE ELE CHAMOU BOLSONARO “DE BURRO”

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Deixando o antropomorfismo de lado, o recurso estúpido de atribuir aos outros animais características ditas humanas, que eles fogem com repelência, já que não têm qualquer interesse em ser igualados ao desvio da natureza que é o chamado homem, e que se quer pediram para serem nominalizados por ele, Bolsonaro não é um burro. Bolsonaro é ele mesmo. Este em si que o Brasil conhece sem nenhuma outra nota maior ou menor. Como se diz: sem tirar nem pôr. Produto exclusivo de suas experiências. Principalmente infantis, como mostra Freud. 

A afirmação do ministro Barroso, não se fecha apenas no sentido intelectivo da palavra cognitivo que, talvez, ele quisesse expressar. Vai muito além. Cognitivo é um elemento semiótico com múltiplas expressividades e conteúdos. Poderíamos dizer que trata-se de uma polivocidade como devir-para-epistemológico-civilizado. Ele movimenta os sentidos, o intelecto, a memória, a imaginação, a volição, a sexualidade, os afetos, a ética, o comportamento, a comunicação, o saber e o querer. Todos os corpus que sociabilizam ontologicamente os homens vocacionados como seres terrestres. O que significa afirmar que cognição não acaba sinteticamente em si. 

Assim, quem conhece Bolsonaro, entende que o ministro Barroso explicitou seu conhecimento sobre ele em apenas uma expressividade semiótica-intelectiva. O ministro só testemunhou a exacerbação do óbvio-intelectivo, posto que Bolsonaro é facilmente percebido e entendido. Não há nada oculto em Bolsonaro. É um alguém sem qualquer mistério. É o cúmulo do óbvio. A sua própria linguagem o afirma e confirma. Se alguma vez, Bolsonaro emitir um conceito fora do lugar comum do discurso encrático, talvez a até seu aparelho fonador se ressinta. Pelo que já se sabe, não há qualquer perigo.

Mas, não podemos decisivamente reduzir seu estado óbvio como facilmente percebido e e entendido. Não esquecer que 56 milhões de eleitores não o perceberam e nem o entenderam sua obviedade. Talvez, quem sabe, por limitação sensível, intelectível e ética. Ou, foram levados por fortes impulsos místicos, invejosos e ambiciosos. Tudo que cega e estupidifica.

E não ficou só nas “limitações cognitivas”. Barroso também afirmou que ele tem “baixa civilidade”. Aliás, só afirmou uma tautologia: repetiu a afirmação anterior. Todos sabem que “limitações cognitivas” produzem “baixa civilidade”. Tudo que o filósofo Zé da Velha sempre pregou. 

1 thought on “BARROSO DISSE QUE BOLSONARO TEM “LIMITAÇÕES COGNITIVAS”. INTERESSADOS PERGUNTAM SE ELE CHAMOU BOLSONARO “DE BURRO”

  1. Pensamos que ao dar nome às coisas conseguimos um domínio sobre o mundo. Mas os nomes, que ainda essenciais à linguagem, estão longe de dar conta da riqueza do real. E o pior é quando os nomes são manipulados para ocultar ou falsificar as coisas. Em defesa da dignidade dos mamíferos não humanos.

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