O ex-presidente Lula (PT), desde que voltou ao jogo eleitoral, se mantém na liderança de todas as pesquisas eleitorais. O sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, acredita que o petista está consolidado para vencer a eleição presidencial no primeiro turno em 2022.
Em participação no Fórum Onze e Meia desta sexta-feira (17), Coimbra comentou os números das pesquisas eleitorais e, baseado neles, analisou o cenário eleitoral.
O sociólogo mostrou alguns gráficos, entre eles um que avalia a evolução dos resultados médios de pesquisas realizadas por todos os institutos, de maio a dezembro.
“Em maio, Lula tinha 44% das intenções de votos. Hoje, ele aparece com 46% na média das pesquisas. Com isso, ele tem votos suficientes para vencer no primeiro turno. A maioria da população conhece, respeita e gosta dele”, ressalta Coimbra.
“Em compensação, Jair Bolsonaro (PL) tinha 23% em maio e agora tem 23%. Há uma parcela relevante, mas minoritária, que gosta dele”, acrescenta.
Coimbra também analisou os números referentes ao ex-juiz Sergio Moro (Podemos).
“A primeira vez que Moro apareceu, efetivamente, nas pesquisas foi em julho. A evolução foi a seguinte: ele aparecia com 8%. Em setembro, 7%; novembro, 10%; e agora, 9%. Ou seja, não aconteceu nada com ele”, destaca.
Veja gráficos do Instituto Vox Populi:
“Lula é uma avalanche entre pobres, negros, mulheres e jovens”, aponta Coimbra
O presidente do Instituto Vox Populi também abordou os perfis do eleitorado do petista e do atual presidente. “Lula é uma avalanche entre pobres, negros, mulheres e jovens. Bolsonaro só tem o apoio de uma classe média composta por brancos, maduros, com escolaridade e renda médias e negacionista”, afirma.
A vantagem de Lula, segundo o sociólogo, é justamente nos segmentos majoritários da população brasileira: negros, mulheres e jovens até 35 anos.
“Bolsonaro representa o Brasil minoritário. O que resta do seu eleitorado são pessoas que não acreditam que exista uma crise ambiental e climática, que a terra é redonda, ou seja, tudo que a sociedade civilizada já tem consciência”, acrescenta Coimbra.