CPI DA COVID DIVULGA CALENDÁRIO E CONVOCA REPRESENTANTE DA MEDICAL SUPPLY

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NA MIRA DO SENADO

Também voltam ao centro da CPI, o deputado federal , Luis Miranda, e o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel

Caroline Oliveira
Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

 

Da esquerda à direita: relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), o presidente Omar Aziz (PSD-AM) e o vice-presidente Randolfe Rodrigues (Rede-AP) – Leopoldo Silva/Agência Senado

O senador Omar Aziz (PSC-AM), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, informou o calendário da comissão para esta semana. A informação foi divulgada durante a votação de requerimentos, nesta quarta-feira (30).

Quinta-feira (1º) – Francisco Emerson Maximiano, dono da Precisa Medicamentos;
Sexta-feira (2) – Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati Medical Supply;
Terça-feira (6) – Luis Miranda, deputado federal (DEM-DF);
Quarta-feira (7) – Roberto Ferreira Dias, servidor da Saúde exonerado após ser acusado de pedir propina por doses;
Quinta-feira (8) – Ricardo Barros, deputado federal (PP-PR);
Sexta-feira (9) – Ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel.

Francisco Emerson Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, o deputado federal Luis Claudio Fernandes Miranda (DEM-DF) e o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara dos Deputados, estão no centro do suposto esquema de fraude em torno da negociação para a compra de 20 milhões de doses do imunizante Covaxin.

A negociação, envolvendo o Ministério da Saúde e a empresa brasileira Precisa Medicamentos, seria a responsável pela venda da vacina no Brasil, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech. 

::Caso Covaxin: o que se sabe até agora?::

Segundo a denúncia apresentada por Miranda, a denúncia do suposto esquema de corrupção foi apresentada ao presidente Jair Bolsonaro, em 20 de março deste ano. No encontro, o ex-capitão teria atribuído o esquema ao líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR). “Se eu mexo nisso aí, você sabe a merda que vai dar. Isso deve ser coisa de ‘fulano’”, referindo-se ao líder, teria declarado Bolsonaro, segundo o deputado Luís Miranda.

::Ao vivo: CPI da Covid ouve Carlos Wizard e vota convocação de Ricardo Barros; assista::

Já Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati Medical Supply, e ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, estão envolvidos em um outro suposto esquema de fraude. Ao jornal Folha de S. Paulo, Pereira disse que Dias cobrou uma propina de US$ 1 por dose de vacina contra a covid-19, antes de a empresa fechar um contrato com o Ministério da Saúde. Depois da denúncia, o servidor foi exonerado da pasta.

Leia aqui: Nova denúncia: governo Bolsonaro teria pedido propina para compra de AstraZenca

Edição: Rebeca Cavalcante

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