KÁSSIO NUNES, MINISTRO DE BOLSONARO, AFIRMA QUE COVID É TRANSMITIDA EM “FESTAS, BALADAS E BARES”. 341 MIL MORTOS INFECTADOS NESTES POINTS HEDONISTAS MUNDANOS?

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A NECESSIDADE HEDÔNICA 

 

Alguém, esclarecido e bem informado, pode perguntar: Por que comentar opinião de sujeitos-sujeitados da turma de Bolsonaro se esses personagens não têm relevância nenhuma?

Temos que contrariar essa pergunta inteligentemente dimensionada no contexto apolítico. Todos que conhecem os elementos constitutivos de Bolsonaro que lhes possibilitam seu ego nadificante, entendem que também somos hedonistas: gostamos de vivenciar um bom prazer. E, no momento atual no Brasil, a mais rica fonte de externalização de corpus excitantes humoristicamente hedonista, é a fonte bolsonarizante. Ela fervilha de excitações de gozação hedonista.

 

A FÉ DO MINISTRO DE BOLSONARO

 

Hoje, dia 8, na continuidade do julgamento do tema abre ou não cultos e missas, mais uma vez o ministro indicado por Bolsonaro, Kássio Nunes, proporcionou aos brasileiros boas risadas. Ao defender seu voto, cujo resultado já era esperado, visto que na suspeição de Moro ele afirmara que seu lado era Deus, sem saber que Deus não é instituição e nem corpo arquitetônico, votou pela liberação das práticas que o insigne ministro Gilmar Mendes afirmou ser uso do nome de Deus para ganhar dinheiro. Afirmou:

 “Sabemos onde essa doença está sendo diariamente transmitida, em festas, baladas e bares estão frequentemente lotados. As imagens estão ai para todos verem, sem distanciamento e sem máscara nenhuma”.

 

OS MAIS DE 342 MIL MORTOS 

 

Argumento hilário e frágil que só serve para a curtição zombeteira dos hedonistas. São mais de 342 mil mortos, sem contar os infectados, teriam eles sido infectados em festas, bares e baladas? É possível que alguns tenham sido, mas não a maioria. A infecção ocorre em múltiplos locais, por isso a necessidade do uso da máscara, higienização do corpo, isolamento corporal, todas as medidas necessárias para evitar o contato com o vírus-letal.    

Não é necessário discutir o que significa fé para a maioria destes chamados religiosos, mas é preciso propagar, como pedagogia da saúde-coletiva, que a superstição, como mistificação-religiosa, é produto da imaginação como símbolo de culpa-inconsciente que busca alívio na teo-fantasia, e não um postulado científico resultante de experimentações no mundo sensível. O mundo real. Mundo concreto onde doença e cura se externalizam.

 

O CORPO COMO MATÉRIA-CIENTÍFICA

 

Muitos que morreram ou foram infectados, mas conseguiram cura, afirmaram que Deus não ia permitir que contraíssem a doença. Não foi o que ocorreu. A superstição-mistificada não é infectada pela Covid, por trata-se de imaginação. Mas, o corpo é infectado, porque ele é matéria-científica e não imaginativa. Como diz o filósofo Zé da Zilda: Não vem que não tem. A fé não move montanha. 

 

CASO DE FAMÍLIA-NUNES

 

  O ministro Kássio Nunes, com seu voto, só comprovou que é um nagacionista. Embora diga que não. Por fim, sem fim, entre outras questões pandêmicas surge uma familialista. Os pais do ministro bolsonarista foram acometidos de Covid. O que o levou a pedir vistas na sessão do julgamento de Moro, na terça-feira, dia 9, de março. Pergunta-se: Onde eles contataram o vírus? Foi em uma festa? Um bar? Uma balada? 

Que a deusa grega, Hedonê, responda, enquanto Themis, deusa grega da Justiça, não chega em Kássio Nunes.

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