SABENDO QUEM É BOLSONARO, O QUE PENSAR DELE QUANDO AFIRMA: “EU NÃO ERREI NENHUMA DESDE MARÇO DO ANO PASSADO”
PRODUÇÃO AFINSOPHIA. ORG
Existem três tipos de personagens que conhecem Bolsonaro.
I – Os personagens que conhecem sua trajetória desde a década de 70, quando foi acusado de tentar explodir bombas-relógio em unidades militares do Exército no Rio de Janeiro e na adutora do Guandu e que lhe rendeu um processo e a análise de que não servia para a função de militar. Levando o próprio presidente Geisel a afirmar: “Bolsonaro é um caso completamente fora do normal, inclusive um mau militar”.
II – Os personagens que conhecem sua passagem-parasitária na Câmara Federal durante 28 anos como membro do baixo-clero, e que não apresentou um só projeto de relevância como um dos representantes do indigesto centrão que hoje encontra-se por cima da carne seca como auxiliar dos desmandos da sua gestão ultradireitista. Sua maior preocupação durante sua passagem parlamentar, foi atacar os partidos de esquerda.
III – Os personagens que votaram nele realizando deslocamento-projetivo-transferência, para a psicanálise empatia com seus signos pessoais, como homofobia, misoginia, racismo, tortura, ambição, violência, irracionalidade, americanofilia, etc., e que hoje se dizem arrependidos. Embora não se saiba a causa de tal arrependimento se fizeram psicoterapia, tiveram alguma revelação-mística ou sofreram traumatismo-craniano que afetou as relações de seus sistemas neuro-cerebral-cognitivo.
Pois bem, em qualquer perspectiva destes três personagens, pode-se entender que eles sabem claramente que desde a afirmação da pandemia como realidade cruel contra a vida de cada habitante do Planeta Terra, e, principalmente, no caso específico, o Brasil, Bolsonaro sempre teve uma posição declaradamente contrária a qualquer posicionamento político-científico. Imitando seu ídolo-fálico Trump, o propagador da falsa eficácia-médica da cloroquina, para agradar o ianque, não se comprometeu com qualquer política-pública de saúde para contenção da pandemia e resguardar a população. Muito pelo contrário, escarneceu da força patológica-geral do coronavírus.
Alguns afirmam que essa sua posição é resultado de sua limitadíssima capacidade intelectiva para entender o grau de perigo-letal da Covid – 19, já que para compreender as expressões do mundo são necessárias algumas partículas-epistemológicas. Assim como para criar componentes Éticos-Sociais que unem os homens e as mulheres como humanidade comprometida e responsável pela Vida. Outros já afirmam que essa sua posição alienada em relação a pandemia decorre de seu alto teor de pulsão de morte. O fracasso de Eros em si com a predominância de Tânatos: Erosfobia, o pavor pela vida. O que o impede de perceber a vidas dos outros.
Hoje, contando com mais de 255 mil mortos, a maioria por falta de política de saúde de combate à pandemia, alcunhada por ele de gripizinha, e o atraso na decisão pela vacina e sua aplicação na população, que se não fosse as determinações de alguns governadores, não estaria se efetivando, Bolsonaro do alto, e do auto, de sua condição apolítica, afirma:
“Desculpe aí, pessoal, não vou falar de mim, mas eu não errei nenhuma desde março do ano passado”.
Coisa de Bolsonaro. Ele não distingue o erro individual do erro coletivo. E nenhum dos dois de nenhum dos dois.