EM MANAUS, MÉDICOS QUE NÃO FORAM ÉTICOS FURANDO FILAS, SÃO EXONERADOS, MAS NEM POR ISSO DEVOLVERÃO AS VACINAS EM SEUS CORPOS

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PRODUÇÃO AFINSOPHIA.ORG

 

A Ética é a práxis e a poises do modus de ser da Humanidade. A práxis e a poieses da alteridade e solidariedade das relações sociais. Ao contrário da Moral, não chega aos indivíduos através das tradições, crenças e costumes como regras, normas e princípios de comportamentos. A Ética, por excelência,  é sempre virtualidade-ontológica produzida como forma de comportamento-atual encadeados com os afetos e as cognições sociais. Daí, ser ela resultado da escolha comprometida dos indivíduos com a sociedade como totalidade-ontológica.

A medicina, como prática científica-social, tem sua Deontologia. Sua Ética-Médica que indica a forma de comportamento do médico diante do enfermo encadeado com os métodos terapêuticos. Trata-se de uma Deontologia comprometida com a sociedade, visto que, tando o enfermo como o médico, são seres-sociais. Assim, a prática médica expressa o modus de ser-social do médico como propulsor da saúde Humana. Posto que soma e psiquê estão em conformidade com a saúde-geral.

Entretanto, nem todos os médico são traspassado pelos corpus deontológico da profissão e muito menos pensam a sociedade-humana como um corpo saudável afetiva e cognitivamente. Muito pelo contrário. Fazem da profissão um uso exclusivo pessoal. Ainda mais, em uma sociedade em que a saúde e os tratamentos foram capturados pelos fluxos capitalísticos. As práticas destes médicos expressam tão somente suas suas realidades individualistas. Suas realidades antidemocráticas.

Os casos dos médicos que furaram as filas de vacinação, mostram exatamente essa miserável e condenável realidade. Buscando atender seus particulares interesses, eles fizeram valer seus entendimentos de o que é para eles a profissão médica. Além de deixarem visíveis suas realidades éticas. A tão burguesa lógica do “meu pirão primeiro”.

Dez desses médicos de Manaus, foram exonerados, ou pediram exoneração, mas seus atos exoneradores não refletem atualização ética. Não os transformam em modus de ser-ético, visto que seus objetivos aéticos foram alcançados: serem vacinados. E, assim, como o ato de pedir desculpas, ou perdão, não passa pelo sistema nervoso central, como possou a  vacinação, seus corpos não podem devolver as vacinas que foram tiradas dos que tinham direito legal.

Neste quadro (além-médico), assim, como seus corpos não podem devolver as vacinas, as suas exonerações não lhes devolvem a conduta ética, que já não existia muito antes do ato consumado ilegalmente como fraude de vacinação. Em termos de empregos, a exoneração não impede que eles consigam outras vagas em qualquer entidade médica. E no caso das gêmeas, elas não precisam dos cargos: são ricaças.  

O que fica é o entendimento de que eles, amedrontados com a ameaça da Covid – 19, usaram seus privilégios para extinguirem o medo fazendo uso das instituições que são corpus do estado representativo de todos os cidadãos e não de classes dominantes. E ainda contaram com o beneplácito do personagem que deveria fazer valer os princípios institucionais: o prefeito. No caso, David Almeida. 

 

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