PERCEPÇÕES E CONCEPÇÕES DESLOCADAS ACREDITAM QUE HOUVE RENOVAÇÃO NA CÂMARA MUNICIPAL DE MANAUS. TUDO A TIRANIA DO MESMO

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O agenciamento coletivo de enunciação é o processual usado por um sistema para semiotizar uma coletividade. Um modo de significá-la em si para que ela perceba o mundo de acordo com esse processual semiótico. Assim, o sistema usa como componentes semióticos para o agenciamentos coletivos de enunciação os pressupostos econômico, político, psicológico, sociológico, antropológico, religioso, estético, etc., que servem como corpos para criação de massas serializadas, registradas, estereotipadas, segmentadas, cristalizadas, etc., que estejam sempre de prontidão para se comportar, propagar e defender as determinações deste sistema.
Todo esse processual de determinação de poder sistematizado, pode ser simplificado no seguinte enunciado: agenciamento de subjetivação. Subjetivar um sujeito é fazê-lo voz reverberadora desse agenciamento de subjetivação. É transformá-lo em sujeito-sujeitado à esta voz de comando que o o impede de viver o tempo e o espaço com suas expressões e conteúdos originais.
Tudo no sujeito-sujeitado encontra-se pré-determinado. Ele jamais experimenta o mundo como vivência-ontológica, porque ele não passa de insuportável sofredor sem dor-percebida. Não há nele a lógica da suspeita. Ele sofre a força do tempo e do espaço, visto que tanto sua subjetividade como a objetividade, já estão pré-estabelecidas. Por isso, sua cotidianidade é reiterar continuamente sua fobia-obsessiva como defesa de seus comportamentos estereotipados que a voz de comando determinou para que ele não tenha qualquer vivência do novo e acredite que este seu estado é sua vida-normal-individual e tudo é ele que escolhe por sua própria vontade.
Repetir a serialidade vazia todo o dia é sua grande profissão de fé. Um exemplo atual: foi este estado de comportamentos estereotipados, que garante a magia da domesticação, que mais a pandemia atingiu. A pandemia tocou no ritual fóbico-obsessivo da maior parte dos bem domesticados cuja a existência é repetir o mesmo. Neste sentido, a pandemia possibilita a certeza de que outra forma de subjetividade é possível. Criar outro mundo fora da modelização da dogmática semiótica capitalística-paranoico dominante.
Foi nessa ordem dogmática-semiótica do sistema capitalístico-paranoico dominante que as eleições ocorreram para a maioria dos eleitores e a maioria dos candidatos. Em suas certezas estabelecidas, essas maiorias só pretendiam garantir a segurança da fobia-obsessiva de seus comportamentos estereotipados. Tirando três partidos de esquerda e eleitores que pensam livres, que pensam fora desta dogmática-semiótica dominante, todos os outros partidos seguiram a mesmidade-ecolálica que, ilusoriamente, lhes permitem acreditar na segurança eterna.
Em Manaus, deslocados perceptivos e conceptivos afirmam que houve renovação na Câmara Municipal em vista de outros nomes serem eleitos. Nomes não significam movimento ontológico-dialético essencialidade-política. Nominalmente, quem se chama Roberto não atende por Paulo, mas compõe com suas ideia-afetos. Levando em consideração os vereadores eleitos, é possível que 100% tenham nomes diferentes, entretanto, quando se nota nos partidos os esteriótipos representativos partidários são os mesmos. Só mudam as siglas. O que não representa nada.
Então, o que se tem, é a reiteração fóbica-obsessiva do reacionarismo municipal que arrasta suas correntes fantasmáticas há décadas e mais décadas aliados aos prefeitos. Até o reeleito vereador Sassá, do PT, também carrega seu elo fantasmagórico-reacionário. O que na verdade só reflete a subjetivação-reacionária do Partido dos Trabalhadores no Amazonas. No sentido bem leve do movimento-real dialético, o PT, do Amazonas, não existe. É uma quimera, como diz o filósofo Spinoza, não tem existência e essência politica-revolucionária.
Todavia, para o bem da fundamentação do movimento-real da política, tem Boulos em SP, Manu em Porto Alegre, Edmilson em Belém, Marília Arraes em Recife, e outras outros que escapam da fobia-obsessiva, serialidade-vazia, que reitera continuamente os comportamentos estereotipados como sintoma de pulsão de morte: o medo da vida-pulsante.