BOLSONARO RECONHECE ELEIÇÃO DE ARCE, APESAR DA DIREITA E ULTRADIREITA NÃO SABEREM O QUE É DEMOCRACIA

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Só se pode compreender um objeto ou uma ideia quando se é portador das partículas epistemológicas constitutivas desse objeto e dessa ideia. O sujeito do conhecimento tem que ser constituído por partículas do objeto ou da ideia como noção comum. Caso contrário, trata-se de fantasia. Imaginação imitativa do real. Simulacro.
Só pode conceber a democracia quem tem a vivência ontologicamente democrática, posto que a democracia não se resume a uma palavra ou a um conceito. Para que a democracia seja constitutiva de uma mulher ou um homem, é preciso que ambos tenham tido uma infância democrática que foi oferecida e vivida na família como condução às relações sociais fora da família privada. É o que se chama socialização do Eu-Individual. A descoberta que viver é encontra-se em constante alteridade com o outro na produção Histórica do Ser. Democracia é viver comprometido com o outro na produção histórica de todos.
É na democracia que se pode dimensionar os Sentidos e o Intelecto como fundamentos da práxis e da poiesis Ética, já que a democracia é potência da solidariedade. Como a direita e a ultradireita estão territorializadas em seus estratos-narcísicos-paranoide, em forma de ambição e egoísmo, obsessivamente calculistas, não existem nelas as partículas constitutivas da democracia.
Quando ocorreu o golpe na Bolívia, no ano passado, imposto pela ganância, estupidez, todos submissos aos EUA, pelas força da direita, ultradireita, nazifascista, Bolsonaro, como seguidor de Trump, logo se apressou para apoiar os golpistas e considerar normal tal estado antidemocrático. Agora, ele, depois de vários dias passados da eleição, resolveu reconhecer Lucho Luis Arce, como o novo presidente da Bolívia.
Diante do reconhecimento do ato antidemocrático executado pelos golpistas e o reconhecimento do ato democrático da eleição de Arce, qual a importância da posição de Bolsonaro para o novo governo boliviano? Alguns dirão: trata-se apenas de ritual diplomático. Ms, não trata-se apenas de ritual diplomático. Trata-se de democracia. E sabe-se, pelas condutas de Bolsonaro, o quanto ele é democrata.
Por tal conhecimento, o que se sabe mesmo, é que tanto para o novo governo quanto para o povo boliviano, o reconhecimento ou não de Bolsonaro, não muda nada nos objetivos democráticos-históricos da Bolívia.