O encontro sob ares ontológicos da literatura feita de fluxos libertários entre o artista-escritor Marcos Ney e a jornalista-escritora Márcia Antonelli é um testemunho de que ser escritora ou escritor não é necessariamente monopólio de quem publica, sobretudo de quem publica sob a cobertura da Casa Grande, mas antes de quem escreve.
É o caso do filósofo-escritor Marcos Ney. Escreve a céu aberto, nas ágoras livres dos becos, ruas e praças de uma Manaus fora do foco das colunas do colunismo social, ou do calunismo social, conforme o filósofo Marcos José.
Marcos Ney, nessa entrevista dialógica – e por que não ontológica – ao TV Literatura da Gente do Amazonas , de Márcia Antonelli, fala da Manaus dos Pés-Inchados, linchados, de uma cidade inflada pelo vazio de uma burguesia miamizada, orlandizada, disneyzada (para lembrar do grande Ariano Suassuna: como, você nunca foi a Disney?), que se envergonha da Manaus de alma indígena ao mesmo tempo em que é rejeitada por aqueles que se constituem em objeto de sua servil identificação.
Literatura como artesanato da vida do povo-multidão da Manaus real, viva, e ao desabrigo da canônica acadêmica, é o que faz Marcos Ney.
O encontro entre Marcos Ney e Márcia Antonelli é luminoso. Vale conferir.
José Alcimar de Oliveira, nascido no cruzamento dos rios Solimões (Bela Vista – Manacapuru-AM) e Jaguaribe (Alto da Catinguinha – Jaguaruana – CE), é escritor, doutor, analista-político, teólogo não-ortodoxo e professor do Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
O encontro sob ares ontológicos da literatura feita de fluxos libertários entre o artista-escritor Marcos Ney e a jornalista-escritora Márcia Antonelli é um testemunho de que ser escritora ou escritor não é necessariamente monopólio de quem publica, sobretudo de quem publica sob a cobertura da Casa Grande, mas antes de quem escreve.
É o caso do filósofo-escritor Marcos Ney. Escreve a céu aberto, nas ágoras livres dos becos, ruas e praças de uma Manaus fora do foco das colunas do colunismo social, ou do calunismo social, conforme o filósofo Marcos José.
Marcos Ney, nessa entrevista dialógica – e por que não ontológica – ao TV Literatura da Gente do Amazonas , de Márcia Antonelli, fala da Manaus dos Pés-Inchados, linchados, de uma cidade inflada pelo vazio de uma burguesia miamizada, orlandizada, disneyzada (para lembrar do grande Ariano Suassuna: como, você nunca foi a Disney?), que se envergonha da Manaus de alma indígena ao mesmo tempo em que é rejeitada por aqueles que se constituem em objeto de sua servil identificação.
Literatura como artesanato da vida do povo-multidão da Manaus real, viva, e ao desabrigo da canônica acadêmica, é o que faz Marcos Ney.
O encontro entre Marcos Ney e Márcia Antonelli é luminoso. Vale conferir.
José Alcimar de Oliveira, nascido no cruzamento dos rios Solimões (Bela Vista – Manacapuru-AM) e Jaguaribe (Alto da Catinguinha – Jaguaruana – CE), é escritor, doutor, analista-político, teólogo não-ortodoxo e professor do Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
EM 29 de agosto de 2020.