A JORNALISTA-ESCRITORA MÁRCIA ANTONELLI ENTREVISTA O FILÓSOFO-POETA DA TRANS VERSALIDADE, MARCOS NEY

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PRODUÇÃO AFINSOPHIA.ORG.

 

Márcia Antonelli é uma artista que escapa da imobilidade da semiótica-paranoica do sistema de opressão e sujeição capitalista. Como escritora sempre se colocou na pós-vanguarda: o sujeito não sujeito que não se submete a força-sedutora fantasmagórica da sociedade de consumo.

Márcia, como escritora, cria, como diz o psiquiatra-filósofo, Félix Guattari, em deslocamento-maquínico: o que escapa da força imobilizadora do estruturalismo. Márcia, em seu escritos, se desloca sem ligar para os enunciados que iludem através de suas ofertas de recompensas-fálicas. A vantajosa forma que os fantasmagorizados põem fé: o reconhecimento pelas classes alienadas. Márcia Antonelli é Márcia Antonelli nela mesma. Nada além de si mesma.

Pois foi exatamente essa Márcia Antonelli, com formação e desenformação literária universitária, mas composição-comunalidade-literária quem entrevistou o outsider, o aritista-maldito, o que escapa das determinações-paranoicas do sistema-delirante-capitalístico, Marcos Ney.

Marcos Ney, é o tipo-original do cara que entendeu o grafiteiro uruguaio que escreveu em um muro o marxismo sem universidade-institucionalizada no glamour burguês: “Quem trabalha não tem tempo para ficar rico”. Marcos Ney sabe que a riqueza da burguesia é produto da sua inutilidade-produtora. Sua preguiça-social. De sua negação do real sustentada pela potência-produtiva do trabalhador. O burguês fica rico porque o trabalhador, que não tempo para ficar rico, trabalha para ele.

É nesse contexto, sem texto, das implicações da transversalidade, a possibilidade de mudança mesmo na ignorância do que pode e deve ser mudado, que Marcos Ney cria suas obras-literárias. Escapa da opressão horizontal-vertical da percepção-concepção-burguesa.. Por tal, quem nunca leu o psiquiatra-filósofo Félix Guattari, ao se envolver com as criações de Marcos Ney entende o psiquiatra-filósofo. Suas obras, esquizas, não contemplam os enunciados bem postos, e bem agraciados, da chamada literatura-clássica sem sequer desconfiarem que jamais Shakespeare foi clássico.

Então, moçada, vocês que em seus deslocamento ouviram o bizum-transversal  atentem para a entrevista de Márcia Antonelli, em sua TV Literatura da Gente do Amazonas, cujo talento auxiliou a performance-transversal de Marcos Ney.

Vamos nessa, que deixar de ser reificado é bom à beça.  

 

1 thought on “A JORNALISTA-ESCRITORA MÁRCIA ANTONELLI ENTREVISTA O FILÓSOFO-POETA DA TRANS VERSALIDADE, MARCOS NEY

  1. O encontro sob ares ontológicos da literatura feita de fluxos libertários entre o artista-escritor Marcos Ney e a jornalista-escritora Márcia Antonelli é um testemunho de que ser escritora ou escritor não é necessariamente monopólio de quem publica, sobretudo de quem publica sob a cobertura da Casa Grande, mas antes de quem escreve. É o caso do filósofo-escritor Marcos Ney. Escreve a ceu aberto, nas ágoras livres dos becos, ruas e praças de uma Manaus fora do foco das colunas do colunismo social, ou do calunismo social, conforme o filósofo Marcos José. Marcos Ney, nessa entrevista dialógica – e por que não ontológica – ao TV Literatura da Gente do Amazonas , de Márcia Antonelli, fala da Manaus dos Pés-Inchados, linchados, de uma cidade inflada pelo vazio de uma burguesia miamizada, orlandizada, disneyzada (para lembrar do grande Ariano Suassuna: como, você nunca foi a Disney?), que se envergonha da Manaus de alma indígena ao mesmo tempo em que é rejeitada por aqueles que se constituem em objeto de sua servil identificação. Literatura como artesanato da vida do povo-multidão da Manaus real, viva, e ao desabrigo da canônica acadêmica, é o que faz Marcos Ney. O encontro entre Marcos Ney e Márcia Antonelli é luminoso. Vale conferir.
    José Alcimar de Oliveira,
    nascido no cruzamento dos rios Solimões (Bela Vista – Manacapuru-AM) e Jaguaribe (Alto da Catinguinha – Jaguaruana – CE). EM 29 de agosto de 2020.

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