EM FUNÇÃO DA PANDEMIA, PROFESSORES DO AMAZONAS ENTRAM EM GREVE CONTRA BOLSONARIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR

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PRODUÇÃO AFINSOPHIA.ORG

 

O Brasil tem contabilizado mais de 104 mil mortes por Covid 19. Estas mortes estão intrinsecamente ligadas ao descaso do evento Bolsonaro que por clara incompetência e dificuldade de entender a dimensão de uma pandemia em relação à vida, facilitou a propagação do vírus na sociedade pela falta de uma política pública de saúde ao combate da pandemia, e, principalmente, nas classes mais pobres.

Em um entendimento psicanalítico, é possível observar um sintoma de rejeição ao estado de saúde do outro derivado do medo da vida. Um culto sublimado da dor que a sociedade brasileira não tem qualquer responsabilidade. Principalmente, os eleitores que não lhe concederam votos. A sociedade é constituída de corpos que promovem a manifestação da subjetividade dos seus elementos formadores. Os indivíduos quase sempre não percebem que seus comportamentos só respondem à esta constituição social, porém como atos sublimadores desta subjetividade.

Compactuando com Bolsonaro, em função de carregarem os mesmos corpos cognitivos e éticos sociais, alguns governadores, como no caso do governador do Amazonas, e prefeitos resolveram ordenar o reinício das aulas, mesmo com o aumento da ameaça de contágio aos alunos, professores e funcionários das escolas. Ou seja: deificados eles acreditam que tudo já voltou ao seu normal pré-pandemia. Pode-se andar pelas ruas e logradouros livre e solto cantarolando a canção da vitória. Uma demonstração clara de consciência abstraída do princípio de realidade. A projeção da desrrealização do real: pandemia. Um deslocamento projetivo próprio de quem tem o sistema capitalista, com sua lógica do lucro máximo, como seu deus. Neste simulacro político não é possível produção de democracia.

Diante do ato de descaso com a vida dos que compõem o corpo escolar e sustentam o crescimento cultural do estado, os professores da rede pública de ensino decidiram realizar greve em defesa da vida e da dignidade humana. Depois de várias reuniões para decidir sobre o tema e o início da greve, dirigentes e professores da ASPROMSindical decidiram entrar em greve por tempo indeterminado.

Enquanto isso, alguns professores e servidores que atenderam a imposição do governador Wilson Lima (ex-apresentador de programa de TV explorador da miséria do povo), colocando suas vidas em perigo, e retornaram para suas escolas foram infectados pela Covid – 19. Ao todo são 27 escolas públicas com casos de professores e servidores infectados pela Covid – 19. Só nesta abertura-escolar.

O Amazonas foi o primeiro estado do Brasil a obrigar os professores retornarem para as escolas. Em Israel ocorreu o que acontece com o Amazonas: Abriu as escolas, a Covid – 19 não aceitou e o governo teve que voltar atrás. Para ficar bem imitativo, o governo do Amazonas deveria também voltar atrás. Se não voltar é porque Israel está mais próxima de Deus. 

É a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dá!

 

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