LIBERDADE DE EXPRESSÃO IMPLICA SENTIDOS-DESOBSTRUÍDOS, INTELECTO-CRIATIVO E ÉTICA-COLETIVA
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O filósofo Nietzsche, passeando pelo Brasil atual, ouvindo as aberrações linguísticas, certamente, diria: Eis uma sociedade com um imenso número de tagarelas. Tagarela para ele, são os indivíduos que proferem palavras sem tê-las superado. Ou seja, sem que tenham conhecimento delas nem pela experiência e nem pela inteligência. Falam por falar, visto que existe uma comunidade linguística. Daí, porque estão sempre reunidos com outros indivíduos que sofrem da mesma atrofia linguística-mental. Família, vizinhos, colegas de trabalho, colegas de entretenimento, todos que são personagens da mesmidade-linguística. Na verdade, são afásicos-sociais. Na linguagem esportiva, são os que se postaram só para cumprir tabela. Na linguagem da dogmática-paranoica do sistema capitalista e capitalístico, termo criado pelo filósofo Guattari, são seus reverberadores, já que esse sistema – poder de comando- é próprio para os que não têm voz-ativa. Os ecolálicos, os replicantes, como fala o filósofo Baudrillard.
Já, o filósofo Spinoza, ao chegar ao Brasil, diria que trata-se de indivíduos com o mais baixo grau de conhecimento. Os indivíduos que repetem o que ouviram sem qualquer experiência intelectual, sem qualquer juízo-crítico: exame do que experimenta. Se dizem para eles isto é isto, eles repetem é isto. O que significa para eles que os sentidos e o intelecto não tem qualquer função para o conhecimento-real. São disfuncionais sensorial e intelectualmente. No plano das relações sociais, que resultam da experiência sensorial e intelectual, são aéticos. Não são traspassados por qualquer partícula da ética-coletiva que resultam da experiência-sensível e da inteligência-criativa que leva ao processamento das relações-sociais como comprometimento-humano-sociabilidade.
Este quadro, nos leva ao entendimento de que a educação na infância é quem propicia uma linguagem-fluente, ativa; uma inteligência-criativa; e um comprometimento ético-coletivo. A práxis e a poiesis política. Quando na infância não há educação, porque educar é possibilitar o desenvolvimento dos talentos da criança como ser no mundo, tanto os sentidos, como o intelecto e o comportamento ético sofrem disfunções neuro-cerebral-cognitiva. Ou seja, são censurados. São censuras produzidas por qualquer forma de violência. Não emanam na criança os corpos que irão fundamentar os sentidos de liberdade e expressão. Como se sabe, e nem precisa ser filósofo e nem psiquiatra, o sentido da liberdade só se revela quando do comprometimento-criativo da criança com seu meio. É quando ela vai fundamentando sua existência co-vivente, co-produtiva com outras crianças. Aí, surgem as primeira partículas -éticas-comprometedora com o mundo social que possibilitarão sua expressão de forma livre e compromissada democraticamente com os outros.
O que significa dizer, que todos os que reivindicam liberdade de expressão, como forma de garantia, às profusões de suas mentiras, fake news, difamações, impropérios, ameaças, pornografia, pornofonia, taras e outras irracionalidades mais, se comportam desta forma, porque têm censuradas suas faculdades sensorial, intelectual e ética, e não podem saber o que é liberdade e expressão. Seja individual, de grupo, de entidade de qualquer forma e matiz. Estes, jamais saberão com o filósofo Sartre, que a liberdade é fundação da Existência-Humana. E seu entendimento e sua prática, não pode sair de quem é dominado por uma consciência-coagulada-ontologicamente. Uma consciência a-histórica.
Quem tagarela e vive no mais baixo grau de conhecimento é um sujeito-sujeitado pela molaridade-sistêmica e não pode atingir a dimensão-humana da Democracia.