EM MEIO A PANDEMIA, CORINGÃO DERROTA TIME COMPOSTO POR BOLSONARISTA E REAFIRMA O ADÁGIO POPULAR: TORCIDA NÃO GANHA JOGO

PRODUÇÃO AFINSOPHIA.ORG PARA SUA COLUNA: POR FORA DO FUTEBOL
A ambição capitalista não respeita qualquer princípio ético relativo a vida social. Onde o capital se inscreve desaparece o sentido humano do viver racional. E como não poderia ser diferente, o futebol-empresa realiza a mesma prática: em nome do lucro, não respeita e não teme o perigo da pandemia. E impulsionado por essa ganância, ou síndrome-oralidade, coloca em risco a vida dos jogadores dos clubes brasileiros.
Um clara demonstração dessa síndrome-oralidade-capitalista foi expressada pelos dirigentes dos clubes Flamengo e Vasco que exigiram o retorno do futebol carioca. Na verdade um peladão. Ato que os dirigentes do Fluminense e Botafogo não praticaram. Os dirigentes dos dois primeiros clubes citados chegaram a realizar encontro com Bolsonaro para pedir uma força. Personagem melancólico que não tem qualquer política para combater a pandemia ou pelo menos diminuir sua letalidade.
Uma reafirmação, sem preconceito, do que se diz sobre gente do tal esporte: não há vida inteligente no futebol. E eles dizem que têm a maior preocupação com os jogadores. Juram de mãos juntas que seguem o protocolo. Como se soubessem quais os fundamentos-epistemológicos-jurídicos que sustentam um protocolo. Protocolo, palavra que caiu na moda tagarelante de quem é gente ecolálico da semiótica-molar.
Hoje, dia 22, foi a vez do futebol paulista. Em meio a pandemia foram realizados alguns jogos, e entre eles Coringão e Palmeiras. O resultado com a vitória do time de Lula e da Democracia Corinthiana foi festejado em três seguimentos:
1 – Serviu para mostrar que muitos comentaristas esportivos não entendem bulufas de futebol. São mais torcedores do que comentaristas posição que pede racionalidade e despojamento frente a qualquer clube.Muitos afirmaram que o Coringão ia perder. Eles que perderam o falso dom de profetas desfuturados.
2 – Serviu para afirmar mais ainda a potência-política da Democracia do clube de Sócrates, além de impor derrota ao irritadíssimo jogador bolsonarista, Felipe Melo.
3 – Serviu para reafirmar que torcida não ganha jogo. A partida foi realizada na Arena Corinthians sem qualquer torcedor. Além dos que se encontravam trabalhando. Se é que comentar e dirigir futebol é trabalho.
Com gol de Gil, no primeiro tempo, o Palmeiras – como o Coringão – se arriscou a ser infectado pela Covid 19 e ainda perdeu. Quer dizer: foi infectado pela derrota.
Faz parte da síndrome-oralidade-capitalista-futebolística.
Enquanto isso, segue o vírus. Esse até agora vem ganhando a partida-infeccional.