ERRA QUEM ACREDITA QUE MANDETTA É POLÍTICO: ELE É POLITICOFASTRO

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Há uma Babel na sociedade linguística-capitalista e capitalística. Uma desordem em forma de incomunicabilidade onde os signos-semióticos são valorados de acordo com seus indicadores domésticos, quando respondem infalivelmente aos interesses senso-comum impostos pelas classes dominantemente-linguística.
Não trata-se tão somente da tirania resultante das guerras das linguagens, como mostra o filósofo Roland Barthes, onde a linguagem encrática, linguagem das massas, dos sistemas dominantes que se mostra pegajosa, clandestina estruturando os modelos de linguagem senso-comum, como também a linguagem acrática com seu espírito próprio de classe, profissão, partido, que se toma como privilegiada e diferente da linguagem chula-encrática que modela as formas de raciocinar da sociedade alienada.
Embora situadas em estantes diferentes, essas duas formas de linguagens quase sempre servem para o mesmo propósito: criar delírios-linguísticos. Ou seja, apresentar como verdadeiro o que é irreal. Fazer com que um um enunciado seja tido como lógico, ético e necessário.
Dos dois encadeamentos linguísticos, referidos, pode-se observar a degeneração-linguística de alguns signos sejam como verbo, adjetivo, advérbio, substantivos, dependendo do propósito do falante ou do do escrevinhador. Contanto que ele seja recebido pelo receptor como verdade. Sem que este realize qualquer exame reflexivo.
Vejamos o sufixo fastro. Usado como designação de alguns profissionais ou atividades sejam filosóficas, científicas ou artísticas surge como uma forma de demonstração da degradação do sujeito da ação. O que significa que trata-se de uma desapreciação. Ou em forma de figura: um pastiche.
Vejamos três exemplos:
1 – Filosofastro: O tagarela, como diz Nietzsche, o que não ultrapassou o que verbera. Um mentiroso que faz uso de falso saber para engabelar os incautos e ser tomado como sábio, respeitado e infalível em suas opiniões que todos devem acreditar e admirá-lo. Um narcisista perdido em falsos-saberes e afásicos-dizeres.
2 – Poetafastro: Useiro e vezeiro de sua melancolia propulsora de rimas que lhe servem para se sentir considerado como um célebre habitante do Parnaso. Trata-se de fazer versos inebriantes que afundam cada vez mais seus ouvintes no solo da profunda depressão. Muitas vezes tidos como o arauto do amor seja passional-sexual ou filial e fraternal. Nele é impossível encontra um signo como potência revolucionária. Nem mesmo como transformador da gramático, como diz o filósofo Heidegger.
3 – Politicofastro: Aquele que parla sem parlamento. Ou seja, fala de si próprio para si próprio. Não tem temas coletivos. Quando trata do coletivo, trata de sua classe como sua garantia coletiva. Encontra-se imobilizado pela força da linguagem do sistema onde foi forjado para ser propagador e defensor do mesmo no parlamento. Nenhuma de suas opiniões nascem de profunda reflexão como crítica do mundo antidemocrático. Na verdade, para ele democracia é um lecton: uma palavra sem significado. Só serve para ser usado como enunciação-afásica.
Como foi estruturado no discurso de sua classe, epistemologicamente não pode em qualquer situação realizar a práxis da crítica como mostra o filósofo Marx: “Apropria-se da matéria em pormenor, analisar todas suas formas de desenvolvimento, e encontrar os seus elos internos. É só depois deste trabalho realizado que o movimento real pode ser exposto. Quando se consegue isto, quando a vida da matéria se reflete nas ideias, podemos contar que estamos perante uma construção. As ideias nada mais são do que as coisas materiais transpostas e traduzidas na cabeça dos homens”.
As ideias examinadas é que produzem a democracia, mas o politicofastro, mistificado, mitificado, reificado e alienado não sabe nada dessa verdade sintetizada pela práxis e a poiesis. O Congresso Nacional Brasileiro é reacionário e tíbio, por que é formado por imenso número de politicofastro que não sabem parlar dai não materializar o parlamentarizar.
O caso Mandetta, encontra-se nesse seguimento. Mandetta foi escolhido por Bolsonaro para a pasta da Saúde por identificação. É traspassado por signos sociais que Bolsonaro cultua. Carrega em sua chamada vida política pesos inaceitáveis: votou com o golpe para tirar a presidenta Dilma Vana Rousseff, e ainda mostrou a particularidade de seu ego, ao ostentar uma bandeirinha cunhada com desapreço à presidenta; foi a favor do fim do programa Mais Médicos, participou da agressão ao Sistema Único de Saúde (SUS), entre outras nuances-reacionárias.
Agora, no caso do Clovid – 19, depois de ter meses para iniciar uma política de prevenção da defesa da saúde do povo brasileiro, não fez. Resolveu adotar a prática do isolamento-social depois que quase todos os país adotaram. Uma jogada para auferir dividendos politicofastros, já que Bolsonaro, seu chefe, é contra. Chegando a alcançar em pesquisa de opinião 73% de aprovação. Além de alguns panelaços a seu favor, e chamado de herói, estilo ao mito da burguesa-Globo e apedeutas. Tirando Moro da jogada. Uma jogada que até gente dita de esquerda bateu palmas. Mas. como diz Lula: “Mandetta é um privatista da saúde”.
Obrigar isolamento-social qualquer pessoa cognitivamente e eticamente normal, pode determinar. Não precisa ser ministro da Saúde. Além de quê, o exito do isolamento chamado de quarentena, não é dele, mas dos governadores dos estados e prefeitos dos municípios.
Mandetta, que não é político, insofismável demonstração, é do DEM, sai, entra outro semelhante a ele. Bolsonaro quer iguais. Contanto que não ofusque sua desnarcisação.