GUEDES, MINISTRO DE BOLSONARO FAZ RECONHECIDO ELOGIO AOS GOVERNOS POPULARES DE LULA E DILMA

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff. Ricardo Stuckert/Instituto Lula
PRODUÇÃO AFINSOPHIA.ORG
A burguesia é um caso de psiquiatria, já deixava claro o psiquiatria-político-econômico-social Karl Marx. Para entender a burguesia é preciso analisá-la pelo avesso. Se ela se toma justa, encontre o injusto dela. Se ela se acha nobre, encontre o seu tenebroso. Se ela se acha limpa, encontre sua sujeira. Se ela se acha inteligente, desvele sua ignorância, Se ela se acha sensível, manifeste sua brutalidade. Se ela se toma como moral, indique sua imoralidade. Se ela se tem como altruísta, mostre sua inveja. Se ela se diz amor, expresse seu ódio. Em síntese: toda virtude ou bem que ela se fizer representar, entenda como ocultação de seu contrário.
Seu antagonismo, não tem nada a ver com o conceito de contraditório ou antagonismo como mostra o filósofo da Fenomenologia do Espírito, Hegel. Seus antagonismos são endereçados ao movimento dialético. Nada que a chula burguesia carregue. A burguesia é ela nela mesma. Nada escapa e nada entra. Seu caso se fixa no que diz o filósofo Kierkegaard, sobre o “desespero a doença mortal”: não é consciente de ter um “eu”.
Impossibilitada de saber que tem um “eu”, a burguesia é a circulação-paranoica perseguidora das imagens bruxuleantes. Assim, como, crente das ideias difusas. Fixada sempre no mesmo ponto-molar, ela é compulsiva repetição de si mesma. É por isso, que não não existe multiplicidade na burguesia. Quando fala de crise de seu deus, o capital, fala, tão somente, no significante-dinheiro. Nada mais além, visto não haver em seu mundo multiplicidade de fluxos-ontológicos. O que é fundamental para a existência autêntica. A existência que realiza os possíveis como real.
Todos os vícios encontrados na burguesia são a expressão clara dos afetos-tristes, como nos mostra o filósofo Spinosa. Nela predomina a pura impotência-vital a-histórica. Todas suas composições são com corpus-tristes. Para ter clara certeza, basta observar seus desejos, seus gostos, seus interesses, seus entretimentos. Todos dirigidos pela força do que lhe falta. Ela é uma insuportável ausência de possíveis-transcendentes. O que lhe permitiria deixar de ser essa desfunção-existencial.
Porém, existem dois afetos-tristes que lhes são predominantes: a inveja e o ódio. A inveja por não poder ter e não ser a personagem que ela inveja. Um mundo-ativo inatingível para ela, diria o filósofo Nietzsche. O ódio pelo fato da personagem invejada ter lhe mostrado o que ela realmente é: um ente profundamente impotente.
Quem transcendeu ao quadro do só menos, lugar-comum da obviedade social, sabe que a grande inveja e ódio da burguesia foi, e é, o trabalhador. Em todos os sentidos: físico, psicológico, volitivo, cognitivo, sexual, o vitalismo da espécie. E o elemento propulsor dessa inveja, no contexto histórico, é a mortal verdade que o trabalhador pode lhe revelar: que um mundo-real é possível de ser produzido. E que o homem não é tão somente produto do fetichismo, da mistificação, mitificação, reificação, alienação sintomatizado pela força da abstração negadora da vida. Este mundo historicamente real, nascido da potência-ativa do trabalhador, lhe dissiparia epistemologicamente. E ela tem puro-pavor. Envolvida neste “desespero doença mortal” ela procura todo momento infligir dor no trabalhador, sem ter um fio de desconfiança de que a alegria não compõe com a tristeza.
O quadro político-econômico-social do Brasil expressado em sua materialidade-alegre trabalhadora, foi esculpido pelos governos populares Lula e Dilma. Populares, porque este quadro teve a participação direta do povo brasileiro. O populus-faber-criativo. Práxis e poiesis. O fator-histórico-brasileiro que afetou de inveja e ódio a burguesia nacional e internacional. Todos sabem que a burguesia não é uma classe resumidamente nacional. Ela é internacional. Razão porque quando ocorre um golpe, como ocorreu no Brasil, é comemorado internacionalmente pela burguesia.
A confirmação material da preocupação-triste com a democracia-trabalhadora, levou o ministro do evento Bolsonaro, tecer grandioso elogio aos governos Lula & Dilma. Ele afirmou, sem que ninguém lhe obrigasse, o reconhecimento que já tinha se propagado pelo mundo. Principalmente no fantasmático mundo burguês:
“Empregada doméstica estava indo para Disney, uma festa danada”.
Com o poder aquisitivo do trabalhador elevado no governos populares, a realidade histórica afetou de tristeza a burguesia. E ela quer sempre vingança. Mas, a alegria, em sua fundamentação-ontológica, não sabe da existência da tristeza.
Diante dessa realidade, bem diria o humorista-revolucionário, Millor Fernandez, “de que me ufano do meu país”.