VALEU, BETH CARVALHO! E VAI VALER SEMPRE COMO A IMORTALIDADE DA VOZ ATIVA!
PRODUÇÃO AFINSOPHIA.ORG
Todo homem é mortal, diz a filósofa Simone de Beauvoir. Mas existem homens e mulheres que são imortais em razão de suas condições de humanos-ativos. Há homens e mulheres que estão no mundo como meros entulhos: perambulam espectralmente cumprindo apenas o que lhes mostraram como verdades insofismáveis e eles acreditaram. São meros replicantes das subjetividades castradoras impostas pelo sistemas que acreditam serem seus deuses infalíveis. São os que compõem, o que diz o revolucionário psiquiatra, W. Reich, a peste emocional. A peste emocional que neste momento se revela como forma de irracionalidade e embrutecimento no Brasil.
É no sentido de fazer viver a vida, que Beth Carvalho, se mostra imortal. Não só como compositora, cantora e instrumentista exímia, mas por seu compromisso de fazer passar a vida. Alguém cuja vida é para ativar o pensamento e o pensamento afirmar a vida, como mostra o filósofo da Vontade de Potência, Nietzsche. Beth é a inquietação que a vida pede como movimento transcendente do ser. Não há em Beth nenhum ato que não seja comprometido. Tudo em si transpira política. A política como a vocação singular do ser. Beth é engajamento. Jamais se aliena como a maioria dos pseudos artistas que só reverberam o corpo deletério da dor.
Beth é a sambista-filósofa que, junto com Beauvoir, mostra que mulher não pode ser esculpida pelo delírio-paranoico-hominista que a quer submissa como escrava do modelo-padrão macho-branco-europeu. Beth sempre canta para além do som e da letra. Beth vai além.
É por isso que Beth é imortal!