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PRODUÇÃO AFINSOPHIA.

Os professores da rede pública de ensino do estado do Amazonas invadiram o palácio do governo e instalaram o estado de greve por tempo indeterminado. A ação dos professores decorreu da intransigência do governo do estado em não acatar o direito da categoria que reivindica a reposição salarial de 15%. Como contraproposta o governo, através de seu representante, secretário de Educação, Luiz Castro, acena com 3,7%. Segundo a categoria, um verdadeiro descaso em forma de deboche. Além, de um profundo desconhecimento do que é educação, e que leva a população do estado acreditar que o governo não sabe que educação é um caso de política.

O governo, por sua vez, afirma que não tem dinheiro para pagar o que pede a categoria, mas para ela é uma forma de se esquivar do compromisso com este estamento público do estado. Diante de tal argumento, os professores rebatem afirmando que o atual governador, Wilson Lima, sabia como o estado estava quando da gestão Amazonino Mendes, governador anterior. Quase vitalício. E foi exatamente em cima deste saber que ele fez sua campanha contra seu rival.

Porém, sabendo ou não sabendo, afirmam os professores, todos os funcionários públicos do estado do Amazonas são agentes públicos que têm seus direitos assegurados constitucionalmente. E ainda perguntam: se o governador sabia que o estado estava falido, por que se candidatou, já que não podia cumprir com seu dever de governador? Ou foi uma candidatura narcísica? Só para excitar a vaidade? Se foi, torna-se um caso de atentado à democracia. Ou estelionato-eleitoral, já que fica impossível o processual político de produção de cidadania. Semelhante a condição de Bolsonaro. Candidato que, por identificação, apoiou. 

O que vem ocorrendo hoje, já é do conhecimento da população: há décadas a educação vem sendo tratada pelos governos, todos reacionários, como sub-necessidade social. Nenhum, principalmente no pós-ditadura, teve o entendimento e comprometimento com a educação como a práxis e a poiesis da criação de novas formas de sentir, ver, ouvir e pensar. O movimento-real que mostra o comprometimento do homem com a história, como afirma a filósofa Hannah Arendt.

Os professores entraram em greve hoje, mas vão continuar em contato com as escolas e alunos.

Veja, as fotos e vídeos. 

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