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Os professores do município de Manaus que participam do Movimento Todos Pelo FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, criado pela Emenda Constitucional n° 53.2006 e regulamentado pela Lei n° 11.494/2007 e pelo Decreto n° 6.253/2007 criado no governo Lula) realizaram hoje, dia 22, pela manhã, mais uma manifestação contra a posição do prefeito Arthur Neto, do PSDB, que descumpre suas obrigações em relação à Educação. A manifestação foi uma paralisação geral durante todo o dia englobando os três turnos.

Foram mais de 5 mil professores que embaixo de forte chuva sustentaram duas pautas reivindicatórias na manifestação. Uma, o pagamento do FUNDEB relativo ao ano de 2016. Duas, a transparência quanto ao uso da verba. O prefeito não pagou os professores como também não explicou para onde foi o dinheiro. Ou se o dinheiro foi gasto em outras instâncias da prefeitura. Como até as pedras que rolam sabem, por isso não criam limo, o FUNDEB é uma verba federal destinada exclusivamente aos professores. Um direito da categoria. Porém, até hoje os professores estão suprimidos desta verba.

As gestões do PSDB, em relação à Educação, já são conhecidas do povo brasileiro: inoperância, arrogância e violência policial. Dois breves exemplos: Curitiba, com o governador do estado do Paraná Beto Richa, acusado de corrupção; e São Paulo, com o desgovernador Geraldo Alckmin, vulgo Santo, na Lava Jato, da Odebrecht. Apanhando essa linha partidária, Arthur segue o mesmo destino, segundo os professores.

Em uma reunião passada, o prefeito, junto com sua secretária de Educação(que segundo os professores os chamou de criminosos), diante de alguns professores, desenrolou um terço (místico-mítico) de elogios às suas administrações. Coisa de primeiro mundo. Arthur chegou a afirmar que um dos seus empreendimentos frente à prefeitura se tornara modelo internacional. Em seu intermezzo ufanista, em um quadro edipiano-psicanalítico, acusava os professores de não fazerem as mesmas exigências ao governo estadual. Governo que ele se opôs ao se tornar cabo eleitoral do candidato Amazonino Mendes, outro que desconhece que educação é um caso de política.

Porém, seu terço não afirmou nada de concreto em relação às reivindicações dos professores. Chegou a afirmar que o movimento era composto por uma minoria. O que levou os professores a duas inferências. Ou ele acredita que a maioria dos professores está satisfeita com sua gestão, ou que essa maioria é estupidamente analfabeta política que não conhece nem o valor de seu salário e muito menos os preços das mercadorias.

O certo mesmo, é que Arthur não respondeu as interrogações dos professores. O que vem causando desconfiança em alguns professores que já andam comentando que o fato tem alguma relação com a candidatura de seu filho Arthur Bisneto para lhe suceder na prefeitura. Bisneto é deputado federal, eleito com ajuda fortíssima do pai, e, como o pai, se posicionou pelo golpe. No momento encontra-se afastado da Câmara Federal e ocupa o cargo de chefe da Casa Civil Municipal. Para esses professores, já é uma jogada preparatória para sua candidatura.

O certo mesmo é que Arthur prometeu atender os professores pela parte da manhã, mas não cumpriu o prometido. Então, os professores em uma assembleia, decidiram que de acordo com os andamentos das negociações eles irão novamente parar ou no dia 27 ou 28. Os professores afirmaram também que irão se reunir com as comunidades e apresentar o caso para que os pais, principalmente, entendam como se encontra a chamada educação em Manaus.

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