A VIRTUDE JURÍDICA DE LULA DIANTE DE MORO: “…PRESTEI DEPOIMENTO A UM JUIZ IMPARCIAL?”
Produção Afinsophia.
O filósofo Nietzsche diz que nem todos nascem com a virtude da Justiça. O que significa que não adianta cursar um curso de Direito para ter a virtude da Justiça. A virtude da Justiça não é um produto saído dos conteúdos programáticos dos Cursos de Direitos que estão imbricados ao corpo jurídico do Estado. A virtude da Justiça é um modus de ser movimentado pelos que alcançaram o sentido ontológico do Ser Humanidade. A humaniora, diz o filósofo Kant. O compromisso e responsabilidade histórica com o humano.
O Brasil é um país com milhares de agentes jurídicos, mas poucos como dimensão da virtude da Justiça. Dalmo Dallari, Fábio Konder Comparato são dois desses poucos. Mas a virtude da Justiça não pode ser referida apenas aos agentes do Poder Judiciário. Uma pessoa que não tenha qualquer curso superior, um simples pessoa do interior de uma cidadezinha é capaz de carregar esse corpo virtude da Justiça. Lula, que não tem curso superior, é um homem em que a virtude da Justiça se faz presente desde criança. A virtude da Justiça é seu espírito ontológico de homem histórico. Daí ser invejado e odiado pelos que fantasiam Justiça como castigo, punição. As formas mais irracionais de se entender a Justiça.
Lula em seu entendimento de como a Justiça encontra-se expressada de forma banal, sabe da fórmula como deve ela ser dita. Em um seguimento do filósofo Baudrillard, que trata das coisas que passaram de seus limites e entraram em ex terminis, excrecência, Lula diria: O êxtase da Justiça, a parcialidade, mais justa que a lei.
Então, lula perguntou a Moro: “Posso olhar nos olhos do meus netos e dizer que prestei depoimento a um juiz imparcial?”