Eu entro em campo para ser feliz.”

Valdívia, craque chileno

Se corres por fora é bem provável que cortes defesas. É bem provável que no primeiro ponto comece o gol que termina feito um sorriso no fim da linha.

CRUZEIRO SE ORIENTA EM CRUZAMENTO

Foi uma boa partida, apesar de meu time ter perdido”, disse o gremista. Foi uma partida. Dois bons times que sabem dá o trato na dendeca. Era Libertadores. Valia primeiro lance para a final. Cruzeiro no Mineirão, sua casa. Grêmio visitante cortês, mas valente.

Primeiro tempo, os dois rivais se observam. Quem vai para cima? O Grêmio vai! O Cruzeiro vai! O Grêmio ataca, tudo é Brasil. O Cruzeiro se defende e ataca, tudo é Brasil. E vão rolando os ponteiros. 37 e tal, Kleber desce pela direita, com Wellington Paulista, acompanhando pelo centro… Primeiro Cruzamento do Cruzeiro: Kleber, cruza, Wellington apanha a dendeca, imprensado por um gremista, e canta loas. A dendeca se cobre nas redes. Não quer dormir. A partida está apenas começando seu fogo.

Segundo tempo, enfrentamento aberto. Passa o começo meio que… Segundo Cruzamento do Cruzeiro: Wágner cruza, dendeca caprichosa bate em Theco, e muda de opinião quanto para onde ir. Vai visitar, em forma de gol – quem sabe por pirraça -, a rede que Maxi Lopes, atacante dos pampas, não conseguiu, cara a cara com o goleiro, visitá-la. O Cruzeiro orquestra a partida. O Grêmio quer ruídos na harmonia. A partida é melodiosamente caliente. Terceiro Cruzamento do Cruzeiro: escanteio pela ponta esquerda. A cobrança é feita não para área, mas para o lado. Agora, sim, o cruzamento. E não é que sobe Fabinho, aos 22 minutos e qualquer coisa, afaga a dendeca com a cabeça, e ela, bela amante, se esparrama na rede em jeito gracioso de gol.

Foi, então, que aos 27 minutos e alguma coisa, aconteceu o quase inusitado: o árbitro da peleja, o chileno Enrique Osses, começou a caxingar. Quis continuar, mas pediu arrego. Pediu atendimento médico: estiramento na panturrilha direita. É substituído por outro chileno, Jorge Osório, que entrou como uma azougue querendo jogo. Quis tanto jogo, que aos 32 minutos, e alguma coisinha, Kleber, bom amante, acaricia com a mão a dendeca. Falta próxima da grande área, de frente pro ninho. Souza cobra aos 34, e coisinha qualquer, e marca. Uma parábola, canto da bola, de cobrança. O Grêmio, como o juiz, Osório, também queria jogo, e foi para o embalo. Todavia, aconteceu o que era para acontecer: aos 50 minutos, e coisa alguma, Osório decretou o final da boa peleja. Agora, dia 2, o Cruzeiro cruza o Sul para jogar nos pampas por uma derrota com diferença de 1 gol. Vamos ver por quem a dendeca estará apaixonada neste dia.

NA PELEJA TEVE DISCRIMINAÇÃO RACIAL

Segundo o jogador Eliscarlos, do Cruzeiro, que é negro, ele fora chamado de macaco por Maxi Lopes, do Grêmio. Ele promete denunciar na justiça comum o preconceito racial que sofreu. Que horror, meu! A moda européia esta chegando nos campos brasileiros. Corta, essa! Vamos para o jogo!

HOJE TEM A LIBERTADORES CASTELHANA

Estudiantes, da Argentina, e Nacional, do Uruguai, jogam logo mais a noite na terra de Gardel, disputando o primeiro lance para a final. O time argentino tem Veron, mas dizem os uruguaios que uma andorinha só não faz Veron.

Fazer o quê? Vê ou ouvir, que o resultado é o mesmo.

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A dendeca protegida entre os pés, uma gingada para esquerda, e lá vai, Mané, correndo pela direita. Quem ficou para trás ficou. Ficou no chão olhando. Quem sabe gargalhando com o gol do Mané, seu Zé.

Este amor que eu não esqueço, e que teve seu começo em uma festa de São João”, Ontem foi dia de São João padroeiro dos ‘Joãos’ de Mané. Muitos fogos e comilanças para eles. E Mané, é claro.

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