Tornou-se lugar comum desde que Dunga foi indicado técnico da seleção brasileira atribuir-se a esta seleção uma plástica facial: é a cara do Dunga. Até os retrógrados repórteres da Folha de São Paulo também lançaram-se a esta atribuição plástica. Com tamanha obviedade de que Dunga nada entende de futebol, a não ser para Ricardo Teixeira, presidente da CBF e alguns da mídia, a confirmação não poderia ser outra. O que não traduz nada de inteligência superior, dado o grau de realidade insuspeita.

Hoje, domingo, dia 21, África do Sul, outra confirmação. Primeiro tempo de 3 gols a favor dos replicantes ‘dunguiados’ (guiados pelo Dunda, ou cara clonada), gols obra dos acasos da regra do futebol, coadjuvado por uma Itália asseverando o que foi publicado antes do começo da Copa das Confederações: “A seleção italiana vai para a África do Sul – como a maioria das seleções – para passear. A seleção italiana não leva a sério esta Copa”, afirmaram os comentaristas internacionais. Pelo que se viu no primeiro tempo, com cara de pizza dos próprios donos, procediam os comentários: a Itália não está nem aí. E assim, os ‘dungaclonados’ se esbaldaram, e com direito a gol contra. Sim, porque se existe uma seleção cujos jogadores carregam pesos sufocantes de afetos inferiores é esta dos ‘dungaclonados’. Para ela, em sua lógica de inferioridade, a questão é “vencer, vencer, vencer, não importa como”.

Foi, então, que veio o segundo tempo: os comentaristas erraram. A seleção italiana entrou em campo para jogar 45 minutos. Aí não deu outra: tornou-se mais evidente a cara de Dunga. Os ‘dungaclonados’ desapareceram de campo. Como é uma seleção do que há de pior de inteligência individual e coletiva, e o que há de mais anêmico em voz ativa – tal como o amante de Branca de Neve -, os italianos tomaram conta do campo, obrigando o prepotente goleiro Júlio César (que nem no nome se assemelha ao Imperador romano) a fazer várias defesas. Defesas, que é bom que se diga no lugar comum, não foi ele quem fez. Quase todas bolas foram em sua direção.

Terminado os 45 minutos reais, predominaram os 45 minutos casuais: ‘dungaclonados’ 3, e os ‘felinianos’ 0. Placar de quando só havia em campo os acasos do futebol. E nisto, a certeza de que em muitas vezes, no futebol, um time que perde a partida revela, com sua derrota, o quanto o vencedor é inferior. Esta, a meia pizza que os italianos degustaram.

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