SUBSERVIÊNCIA DE VEREADORES CONTRA ESTUDANTES
Visceralmente intrincado na subjetividade patronal representada por Amazonino, prefeito cassado em Primeira Instância pela insuspeita juíza Maria Eunice Torres do Nascimento, parte maior do corpo de vereadores aprovou, ontem, dia 17, o Projeto do Executivo – texto pró-empresários dos transportes coletivos – que versa sobre a meia-passagem estudantil. Foram 26 votos díspares da realidade democrática educacional, contra 10 engajados na lide para quê a educação seja respeitada. Votação absurdamente capaz de fazer qualquer leigo em democracia entender, sem nenhum equívoco, que trata-se de uma parte da Câmara Municipal sem autonomia. O princípio fundamental para a realização da Democracia, já que a liberdade é a singularidade da política que leva o cidadão acreditar que o voto é um corpus social produtor do Bem Comum.
E será exatamente neste palco, neste cenário, e com estes mesmos personagens sem voz altiva, que a Câmara estará se reunindo no dia 27 do mês corrente para votação em uma segunda sessão extraordinária sobre a matéria, que de acordo com o edil, José Ricardo (PT) o “Projeto fere a Constituição Federal em sem artigo 5°, inciso 36 que prevê:”A lei não prejudicará um direito adquirido”.
A maior demonstração de subserviência ao Projeto do Executivo encontra-se na explícita exibição de força dos aliados do prefeito cassado que rejeitaram todas as emendas apresentadas pelos edis da oposição.
Representante ativo na causa estudantil, o edil, José Ricardo, sintetizou, assim a situação:
“Os estudantes estão vários anos fazendo uso da meia-passagem, o que configura direito adquirido e a prefeitura estaria ferindo a Constituição”. E completou chamando a atenção administrativa do prefeito cassado:
“Esse problema da meia-passagem é de gestão, e não de limitar a quantidade de compras da meia-passagem”.
Ao se cientificarem da decisão subserviente, os estudantes afirmaram que vão continuar a luta, e que só pararão de lutar quando todos os recursos forem esgotados. Em nome do respeito e da honestidade democrática.