Enquanto os estudantes de Manaus faziam uma das maiores movimentações dos últimos anos na cidade de Manaus, com paralisações por todas as partes da cidade, todos os jornais deram ênfase aos ludíbrios de Amazonino Cassado, que utiliza, assim, dos jornais, para tentar fazer passar a idéia de que as mobilizações dos estudantes está sendo organizada por partidos políticos infiltrados no movimento. Dentre todos, o mais tendencioso, completamente acrítico quanto ao significado e significante das manifestações, é o jornal A Crítica, que, antenado com a Rede Calderaro de Televisão, embora colocando a foto do Terminal 1 tomado de estudantes, com parcialidade tamanha, o título da matéria é “Ação politiqueira”. Enquanto isso, a matéria anunciada abaixo da matéria principal é justamente a homenagem que a CMM deu ao jornal A Crítica. Mais uma vez a mídia sequelada, como em todo o Brasil, alia-se à direita mais canhestra, tentando descaracterizar a potência movimentos populares democráticos autênticos e dinâmicos.

Alguns pontos para desmontar a tentativa de manipulação de A Crítica/Amazonino Cassado:

  1. As manifestações ocorrem há vários dias, por todas as zonas da cidade, quase todas sem que exista nenhuma programação agendada previamente.

  2. As manifestações programadas são organizadas democraticamente discutidas com os participantes, por entidades estudantis conhecidas e reconhecidas pela luta em prol da manutenção dos direitos dos estudantes,

  3. A maioria dos estudantes não é filiado a partido político algum, sendo que grande parte nem observa questões partidárias devido principalmente ao conluio dos grandes partidos com o grande capital privado, como nesse caso da redução das meias-passagens.

  4. Seria bom que existissem partidos de esquerda em Manaus que conseguissem mobilizar tanta gente. Se assim o fosse, o próprio Amazonino, pela sua enlameada biografia, jamais teria ainda sido eleito, mesmo com os artifícios ilícitos que empregou na campanha.

  5. Ao contrário, como demonstramos no artigo abaixo, as ditas lideranças estudantis que se reuniram com Amzonino Cassado não tem nenhuma representatividade junto aos estudantes; sendo que o mesmo não se pode dizer em relação a Amazonino Cassado.

  6. Não existe nada que impeça que membros de entidades estudantis sejam filiados a partidos políticos, desde que não utilizem as massas estudantis como massa de manobra. O que não seria possível. Se Amazonino Cassado assim o pensa, é porque duvida da inteligência dos estudantes.

  7. Não há nenhum problema que políticos, como o deputado federal Francisco Praciano e o vereador José Ricardo se aproximem para se juntar aos estudantes. A autoria do Projeto de Emenda à Lomam que dava direito aos estudantes às 120 meias-passagens é de Praciano quando vereador e, atualmente, é José Ricardo quem luta na Câmara Municipal para restabelecer o direito aos estudantes.

  8. Da mesma forma que ludibriou os kombeiros, Amazonino Cassado não assinou nenhum documento que revogasse a lei de redução à meia-passagem. Não sabemos sequer se ele tem esse poder ou se é apenas mais uma jogada no jogo do não-jogar em se encontra a Prefeitura “Vazia” de Manaus. Mesmo que houvesse um documento, de Amazonino, como diz o ditado: “O que se escreve não se lê”.

  9. Não são somente os estudantes que estão em mobilização. São também os taxistas, os kombeiros, os rodoviários que, inclusive, farão greve na segunda-feira , além do descontentamento geral da população. Enquanto da Prefeitura o que se houve são comentários sobre as crises de histeria de Amazonino Cassado e a mudança secretários, que geralmente não chegam a um mês na pasta.

Ou seja, o que está existindo em Manaus é um verdadeiro levante popular, como nunca se viu, porque a situação da cidade, que já era precária desde as outras eras de Amazonino, com o seu retorno se tornou insuportável. Pelo visto só haverá melhorias na cidade quando ele renunciar, como se comenta por todos os pontos da cidade, ou quando o TSE cassá-lo definitivamente.

Por todos esses pontos que elencamos, e que poderiam ser 10, 300 ou mais, os estudantes precisam continuar essa luta, senão com certeza serão ludibriados.

Quanto ao acriticismo do jornal A Crítica, ainda bem que os grandes jornalões sequelados, como Folha de São Paulo, Estadão, O Globo, etc, estão fadados à falência. E, pelo desserviço que fazem à população, já vão tarde e apenas ficarão na história, se muito, pelo retrocesso que representavam. E ainda querem colocar a culpa na internet e nos blogues. Pode?!

E atenção! Confira daqui há pouco neste bloguinho a verdadeira Passeata dos Estudantes, que foi a maior de todas que houve na semana, e, justamente essa, depois que Amzonino Cassado se pronunciou, todos os jornalões da cidade fizeram a menor cobertura. Mas desses, os estudantes já sabem o que esperar: Nada.

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