MORTOS MAIS DOIS PERITOS DA POLÍCIA FEDERAL EM MANAUS

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Dois outros dos peritos feridos ontem na explosão na sede da polícia federal, em Manaus, não resistiram e faleceram hoje. Às 10h da manhã, morreu o perito Max Neves e, às 14h, Maurício Barreto. Acrescentando-se a Antonio Carlos de Oliveira, que morreu no local da explosão, o acidente teve três vítimas fatais. O quarto perito, que estava numa sala contígua, teve apenas ferimentos leves, foi atendido e liberado.

POSSIBILIDADE DE ARMADILHA NA EXPLOSÃO

Segundo informou à Agência Brasil o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Octavio Brandão Caldas Netto, a explosão ocorrida na sede da polícia federal em Manaus pode ter sido uma armadilha. No entanto, segundo ele, essa possibilidade somente poderá ser comprovada mediante conclusões dos trabalhos periciais.

Pelo que fui informado, o cilindro que explodiu havia despertado suspeitas de funcionários dos Correios de Manaus. Eles o furaram e encontraram um pó. Realizaram então, como é de praxe, um teste preliminar para identificar cocaína, e o resultado foi positivo. Em seguida encaminharam o cilindro à Superintendência da PF no estado”, explicou o presidente da APCF.

Uma equipe de sete peritos do Instituto Nacional de Criminalística (INC) , juntamente com o diretor Técnico-Científico da PF, Paulo Roberto Fagundes (colega de turma de Oliveira durante o curso de formação para peritos), mais o diretor geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, estão chegando a Manaus para investigar o caso.

Caso se comprove a armadilha, entre a população, que está atenta ao fato, a explosão na sala de perícia, que fica em cima de onde estava o Moa, amigo e acusador do deputado estadual e irmão do vice-prefeito cassado de Manaus, Wallace Souza, pode não ter sido mera coincidência. Se se confirmar, a investigação terá de procurar os responsáveis caso a explosão seja confirmada como um atentado. De qualquer forma, o caso pode abrir as acusações de envolvimento com o crime organizado, formação de quadrilha e tráfico de drogas ligadas a Wallace Souza para o restante do Brasil.

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