LULA CONTRADIZ AMAZONINO: “CONTRA A CRISE, MAIS INVESTIMENTO, MAIS EMPREGO, MAIS RENDA”
Há 15 anos longe da prefeitura, Amazonino, o Prefeito Provisório, já mostrou que não está atualizado com os últimos acontecimentos no Brasil e no mundo.
Amazonino, desde as horas seguintes em que foi confirmado como o mais votado nas eleições, tem usado a crise financeira internacional como justificativa para não cumprir as promessas de campanha. Consta que a primeira declaração que deu como eleito foi a de que iria governar com uma crise se avizinhando. Hoje, em entrevista a um jornal local, afirmou que a população não pode ter sobre ele as expectativas de melhoria da condição na cidade de Manaus que tiveram com Serafim, já que aquele governou com desenvolvimento econômico, enquanto ele vai assumir “em plena crise”.
Até aí, o leitor intempestivo pode perguntar: e o que Lula – que sabe que não existe crise – tem a ver com isso? É claro, Lula tem mais o que fazer do que responder a Amazonino, o Breve. É que o presidente, ainda em férias, criticou a postura de alguns prefeitos eleitos, que em seus discursos enalteceram o terrorismo midiático: a malfadada crise financeira. Prefeitos de São Paulo, Rio, Salvador, Curitiba e Recife também falaram, como Amazonino, em corte de gastos, para se precaver contra a alcunhada crise.
Daí Lula, que não é deficiente sóciocognitivo, ter afirmado: “Eu não acho que nenhum prefeito, nenhum governador e muito menos o governo federal devam parar qualquer obra de investimento na área de infraestrutura. (…) Eu já disse que, no governo federal, vamos combater essa crise internacional fazendo mais investimento, mais ferrovia, mais rodovia, mais escola, porque é assim que a gente combate a crise”.
Lula alertou para o risco do país perder a chance de crescer num momento em que os países desenvolvidos estão estancados, com a recessão. A política de corte de gastos, do “Estado Mínimo”, a desregulação que abriu espaço para a especulação desenfreada, criaram um rombo na circulação de capital, que está sendo chamada de crise, e que já atinge a produção, menos por uma ação direta do que pela contaminação coletiva, pela desconfiança, pela ação predatória do sistema financeiro. Daí Lula, o Otimista, entender aquilo que os catedráticos da Economia não conseguem alcançar.
Amazonino, que sempre se colocou como adversário de Lula – sem o ser, já que para ser adversário tem que se construir uma enunciação cujos signos constitutivos oponham-se à outra enunciação pela Razão, o que Amazonino é incapaz – procurou aproximar-se do Sapo Barbudo nas eleições, e chegou a prometer um “bolsa-família” municipal, em acréscimo ao benefício federal.
Como Lula não vê crise, o seu Bolsa Família se constitui como poderoso elemento econômico de combate ao desaquecimento da produção econômica nacional. O programa mantém a existência de um mercado consumidor emergente e grande. Amazonino, para quem a crise é tábua de salvação para justificar o não cumprimento de suas promessas de campanha, não viu o que Lula viu.
O que Amazonino já está sentindo é o que a imprensa dócil e domesticada insiste em não ver, mas que a população já sabe, a verdadeira crise: a cassação!
É impressionante a estupidez dos governantes locais. A história mostra que crise se reverte com investimentos públicos massivos, uma vez que o Estado é o único capaz de injetar dinheiro no mercado de forma a alavancar negócios numa situação como a atual. O problema ainda é que injetar dinheiro público em Manaus todo mundo já sabe no que dá.
Andre,
…em Manaus, o dinheiro público acaba sendo investido da mesma forma que são escolhidos os alto-escalões governamentais: em família. Mas eles não contavam com a potência da rocha que percebe, envolvendo-se em dizeres de uma política muito diferente da costumeira politicagem manauara.
Valeu!