CASSAÇÃO DE AMAZONINO: MARIA EUNICE CONTINUA “BELA VITÓRIA”
Este bloguinho intempestivo conversou há pouco por telefone com a juíza Maria Eunice Torres do Nascimento e pôde desmentir a tentativa de contemporização que a mídia venal local vem tentando fazer, dizendo que a juíza que cassou Amazonino Mendes está “tranqüila”. Entenda-se, “passiva”, “conformada”. É que a mídia/direitaça manauara, porque não tem entendimento e, principalmente, neste caso, de acordo com seus interesses, confunde “tranqüilidade” com “serenidade”.
Embora não tenha confirmado ainda se vai ou não realmente entrar com representação junto ao Conselho Nacional de Justiça, como havia afirmado, a juíza falou sobre os acontecimentos da tarde e início da noite de ontem, dizendo que o relator do processo sobre a liminar, juiz federal Agliberto Machado, sabe que o que fez não é correto, mas que ele resolveu por contemporizar.
Maria Eunice comentou ainda que não podia atender “um embargo de três linhas” da desembargadora Graça Figueiredo, não podendo, segundo ela, fazer “gracinha” diante de uma decisão que afeta os direitos democráticos de toda uma população.
No que diz respeito ao seu afastamento da presidência do pleito, chamou de “loucura”, dizendo, inclusive, que não deixou de julgar as contas dos candidatos, que a única conta a não ser julgada foi a de Amazonino, devido a dificuldade de contactá-lo, sendo ele notificado apenas pela Polícia Federal há dois dias.
Com estas declarações, pode-se inferir que, conforme a frase de Guizot citada por Maria Eunice, não só a política entrou nos tribunais manauenses, mas também a mídia venal, todos operando a trapaça, enquanto peça fundamental do sistema, que desloca sempre a cena, a partir da redundância do signo significante, esvaziado de qualquer sentido. “Operação histérica do trapaceiro.”
Mas, ao contrário do ilocutório despótico do poder judiciário manauense, Maria Eunice fala, e por mais que este mesmo judiciário se ressinta e arme uma performance violenta por toda parte, a cada fala sua Graça Figueiredo, Ary Moutinho “Pai”, Agliberto Machado e Amazonino Mendes estertoram.