“DEBATE” TV-AMAZONAS/GLOBO: NADA A VER!

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O alcunhado debate entre os candidatos a prefeito de Manaus, na noite passada, mostrado pela TV-Amazonas, retransmissora da Globo, só serviu para fortalecer o que se sabe sobre o velho e desbotado replay padrão: Nada a ver.

Iniciado com advertências aos candidatos, sobre possíveis ofensas entre eles, o apresentador Mosquera, mais perdido do que formiga em açucareiro, indicou as regras que iriam concretizar a pasteurização ianque do programa: “Tudo a ver” com a Globo. Desértico, previsível, dolente, apesar dos esforços dos três candidatos,ditos de esquerda. Como Navarro (PCB), que faz que não vai e vai. Bessa, com sua desatenção/atenta que espinha a direita. E Praciano, com saber matuto que fere os orgulhosos fanfarrões. Todos os esforços obstruídos pelo padrão Globo confluído nos três experimentadores do executivo: Amazonino, Omar e Serafim. A fina corrente da direita. Assim se arrastou até meia-noite a prova de resistência dos telespectadores.

CRAVADOS NO ISOPOR DA GLOBO

Se os anteriores “debates” ocorridos em outras TV’s foram insípidos, o da TV-Amazonas foi o inimitável isopor-global. Isopor utilizado com afinco pelos candidatos Omar (PMN) e Serafim (PSB), que aproveitaram para, em tom de nostalgia da campanha eleitoral gratuita terminada, reapresentar seus já badalados e cognominados programas ultra-repisados no rádio e na TV. Nada fora do caco. Tudo na mesma reta e no mesmo som. Nem mesmos as ‘inocentes’ insinuações provocadas por algum adversário mudou o rumo e o prumo. Tudo dentro do padrão.

Momento de esperança de mudança do andar das traças ocorreu quando apareceu o candidato Amazonino. Tentando ficar seguro na emissora do amigo Felipe Daou, o ex não conseguiu a performance do tipo “estou em casa”. Tremeu, gaguejou, balançou, truncou o defasado discurso, e só saiu do prumo sério quando afirmou que construiu a Ponta Negra. Risos! Coisas de Amazonino auto-teologizado. Tentou ser irônico com Omar, mas não conseguiu aplausos. Pô, mas logo com Omar, que parece que está candidato dublê de si mesmo: o vice. Foi como se não tivesse aparecido. De qualquer forma, sua presença ajudou a desnarcisar Serafim: em nenhum momento o prefeito pode afirmar que todos estavam contra ele. Não era para menos: ninguém estava contra ninguém. O padrão globo foi eficiente. Por isso, nada ver na Globo.

No mais, a Globo conseguiu realizar seu propósito: fazer com que seis candidatos tornassem imóveis seus discursos democráticos, anulando seus enunciados fluxos mutantes e seus quantas desterritorializantes. A fala da democracia.

Mesmo assim, é possível que alguns jornalistas, ou aficionados, elaborem sondagens de opiniões, mostrando seus candidato como o melhor do “debate”. Nesses, tudo a ver!

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