MAROCAGEM ELEITORAL
Qualquer semelhança de tipos vivos com as marocas não é mera coincidência
Para quem gosta do fútil, do vulgar, do reles, a semana que passou para a direita foi um banquete dos deuses da ralé que até o escritor russo Gorki, puro conhecedor deste tipo, diria: “Credo em cruzes!” Mas nossas “ortoridades”, pequena e grande burguesas, como não conhecem Gorki e muito menos a democracia, se tomaram ofendidas por corpos por que os não ralés jamais seriam afetados.
Rolou DVD com acusações contra o governador e seu suspeito sócio, “Nei”, feito pela ex do tal “Nei”, que entre os estragos, por conta de seu sucesso de publico, tomou o vitalício primeiro lugar da Banda Calypso. Mas, segundo comentários, não se sentiu nada atingida já que o personagem do DVD, governador Eduardo Braga, embora não cante e nem dance como os calypsianos, é paraense.
Como nossas marocas e marocos não vêem no capitalismo qualquer signos que possa dignificar o existir potência construtora da democracia, não deram a menor pelota a vulgaridade afetadora das “ortoridades” e continuaram marocando já que entramos na última semana dos marocamentos do primeiro turno. Por tal continuaram marocando.
SALVO PELO ADESIVO
O classe média dirigindo seu carro pelas tortuosas ruas de Manaus, imaginando a possibilidade que a cidade poderia ter para que o estado de coisa fosse outro, parou o carro em um semáforo. Olhando a quantidade de veículos a sua frente e sabendo dos responsáveis sobre esta dor urbana, voltou a realidade mais cruel do presente pela voz de um rapaz mostrando-lhe um estilete, a sentenciando:
– Doutor, eu to pedindo uma ajuda aqui nesse transito, arriscando minha vida, e nenhum barão me deu sequer 1 centavo. Então, eu jurei: vou contar o vigésimo carro que parar no sinal. Não vou pedir nada. Vou riscar o carro do otário que ele só vai ver quando chegar em casa. Mas, doutor, quando eu vi o adesivo do seu candidato no seu carro, eu pensei: esse não merece.
A CERVEJA E O CANDIDATO
Uma turma tomava cerveja em um bar quando chegou um senhor com uma latinha de cerveja na mão.
– Amigos, dá pra colocar um pouco da sua cerveja aqui na minha latinha?
Uma jovem respondeu:
– Cara, cerveja é como candidato: não dar para misturar. Se a gente for colocar uma pouco da cerveja que nós estamos bebendo na latinha desta tua cerveja não vai combinar, tu vais acabar vomitando.
O senhor, sorrindo, se defendeu:
– Num se preocupe minha linda jovem, eu sei disso. Eu já vomitei, e a latinha tá seca. Eu sempre quis tomar esta cerveja que vocês tão tomando, mas nunca tive oportunidade.
O SUICIDA
Um senhor encontra seu compadre em uma praça cercado por uma multidão absorta. Vendo o homem com um revolver encostado na cabeça prestes a disparar, o senhor diz:
– O que é isso, compadre? Por que vai se matar? O suicídio é contra sua fé religiosa!
O compadre, desesperado, responde:
– Não sou mais religioso! Não mais acredito no nosso Deus!
O senhor, perturbado, indaga:
– Mas por que?
– Eu sempre acreditei que foi Deus quem fez Manaus, mas tem um candidato dizendo que tudo que há em Manaus foi ele quem fez. E como ele tem matéria, e eu sempre acreditei em um Ser Espiritual que vive no paraíso, eu vou me matar: através deste candidato descobri que Deus não existe, e nem é Espírito criador. Se é para viver em uma cidade com este tipo de deus, prefiro me…