BAILE ALBICELESTE NA SEMIFINAL OLÍMPICA
Argentina dá um baile olímpico, enquanto o Brasil de Ronaldinho fica só na chupeta.
Depois de um primeiro tempo que não existiu, com uma Argentina amebiana e um Brasil anencéfalo, o técnico argentino resolveu que não esperaria mais o parceiro verde-amarelo para el baile da semifinal.
Entrou no segundo tempo acionando mais o notre-dameano Di Maria, que entrava na lateral do alucinado Rafinha, que correu, correu, correu na lateral, mas como todo lateral brasileiros das últimas décadas, não sabe cruzar uma bola. Daí, foi fácil. E olhem que Riquelme só deu um passe pra frente: o da cobrança do penal. De resto, alimentou a defesa argentina com os seus toque pra trás e caía quando sentia a aproximação de algum perna-de-pau de amarelo.
Messi resolveu fazer valer a pena a briga que teve com o Barcelona, e tomou conta do meio de campo, chamando constantemente os jogadores brasileiros pra dançar. A defesa nacional é tão generosa que até Aguero, o genro do Pelusa, marcou. Tudo bem que o avante do Atletico de Madrid foi apenas tabela no primeiro gol, e quase errou o segundo, mas marcou, e está na súmula. No meio de uma nota grave de uma milonga arrastada de Adriana Varela, Mascherano chamou o meio-campo brasileiro pra dançar, Lucas não gostou da promiscuidade e sarrafeou, sendo expulso pelo maestro da casa de show. Mais adiante, foi Thiago Neves quem não aguentou o swing portenho e foi convidado a ir mais cedo pras Laranjeiras.
Dizem que o sindicato dos anões já entrou com um efeito suspensivo para impedir a queda iminente de Dunga, para a alegria da Bruxa Má da IEER – imprensa esportiva epistemologicamente reduzida, que coloca no anão a culpa pelo adormecimento da Branca de Neve do futebol brasileiro.
A IEER também fica na expectativa da fala do sempre inteligente Anderson, volante e teórico do futebol feio, que deve explicar que o time brasileiro está próximo do ápice do futebol de resultados. Ou 3 a 0 não é, por acaso, um grande resultado?
Agora é Argentina e Nigéria pelo ouro, enquanto os brasileiros vão pelo bronze para um dèja vú com a Bélgica. E viva as meninas!