LULA E AS ELEIÇÕES? “ELEIÇÕES, TÔ FORA!”

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Depois que Lula saltou de sua pessoalização Lula para a subjetivação política-social, TransLulAção, que lhe permitiu ser reeleito com percentual de votos desconcertante a seu adversário, Alckmin, a maioria dos que estão ligados diretamente à política partidária disputam e pretendem, em campanha, sua referência. Até adversários usam o recurso dos elogios para tentar esta referência para si. Como aconteceu na eleição passada com o candidato a governo, Amazonino Mendes, que, esquecendo ou se autocensurando o ocorrido depois do debate de Lula e Collor, disse, porque Lula afirmou ser Collor não caçador de marajá, mas de maracujá, que o metalúrgico não tinha linguagem de um presidente. Porém, a deferência não se resume só ao fato de alguém querer que Lula seja referência para si, mas que alguém seja referência para Lula. Neste caso, Eduardo Braga serve de exemplo. Nas eleições passadas deixou transparecer que Lula teve a estrondosa votação no Amazonas por causa dele. “Eu voto em Lula!” Ilusão pretensiosa. Lula teria os votos que teve aqui no Amazonas mesmo que o governador fosse Amazonino, Gilberto, Arthur, Belão, Pauderney ou Carrapeta…

O LULA “SARTA”

Nessa eleição, a caça ao Sapo Barbudo continua. Quase todos os candidatos a prefeito procuraram as notas elevadoras da subjetividade TransLulAção. Com exceção do candidato do PT, Praciano, ironia partidária, os da direita ultra-conservadora foram até Brasília em busca de uma atenção. Lá estiveram Amazonino e o candidato do governador, Omar Aziz. Este, divulgando, juntamente com a maior parte da mídia e a esquerda Oh, My Darling!, ser o candidato preferido do nordestino. Mas eis que Lula acaba com a pretensão calculista. “Sartou” das cavernosas explorações personalistas: “Eleições, tô fora!”, bradou alto e em bom som, ou tom. E foi mais incisivo: “Vou deixar as eleições para os partidos e para os candidatos”. Só não ouviu quem perdeu o pavio. Lula se nega a ser patrono, paraninfo, muito menos patrão ou pastor de qualquer um. E para impedir mais ainda o uso de seu nome e imagem por qualquer candidato, proibiu a ministra Dilma Roussef de se manifestar sobre as eleições fora de seu estado, Rio Grande do Sul. Sendo a ministra sua candidata para 2010, usar o nome e a imagem dela é o mesmo que usá-lo.

Então, reconfirma-se o que já estava confirmado: Lula não apóia Omar. Seu consolo é ficar mesmo com apoio de Eduardo, PCdoB e parte do PT. O resto são devaneios.

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