ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE NA ALE-AM? BE(A)LÃO!

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Inúteis passeios esses nossos pela Assembléia Legislativa do Amazonas. Inúteis gracejos esses nossos com a história. Inúteis inutilidades as confluências parlamentares. Inúteis coerências. Fim de mandato? Viva, o “novo mandato”! Viva, Belão! Viva o Balão! Basta soprar. É flutuação. Para onde mandar, vai seu coração.

A manhã de hoje foi manhã de festa na ALE. Tudo no ALE e olhe. Similares parceiros/pareceiros. Salvo o modelo e a cor do paletó, era um voto só. Boa claque para assoprar o balão e jogá-lo para onde manda o vento: os anseios do governador Eduardo Braga. 18 sopros parlamentares contra 1 em branco, e o resto ausente. Branco é cor, assim como ausente é presente. Presente ao bom Belão, Balão: mais uma legislatura presidencial para o gáudio de seu senhor, a quem serve com esmero contra a população amazonense, seja quem seja o senhor.

VIVA O PRESIDENTE!

O presidente preside a presidência. A presidência é um corpus de leis. A presidência legislativa é um corpus constituído por signos democráticos que enunciam e preservam os direitos legislativos de um povo. O corpus legislativos é o corpus democrático. Simular um corpo é imitar uma cópia caricata distante da imagem original. Caricaturistas parlamentares caricaturam com seus votos o corpus democrático da ALE. A ocultação de seu corpus democrático. A recondução de Belão à presidência é a sombra exemplar da ocultação da democracia nessa casa popular. Enquanto o Belo-Balão infla, o corpus coletivo cianozeia. Uma casa acometida da pior enfermidade anti-democrática: os interesses pessoais. A perenização de Belão é a demonstração exemplar.

PARA QUE SERVE O NOME DEUS

Em discurso de agradecimento pela gratidão dos pareceiros, Belão deixou escapar ventos de gratidão: “Sou muito grato! Sou um homem de gratidão! Um homem sem gratidão não é um homem!”. O grato Belão se dirigia ao dublê de Lupércio, o sorridente deputado Sabá, que jurou eterna fidelidade a Serafim, e agora é vice na chapa de Omar, e ao deputado Vicente, cujo nome aparece em conversas de personagens envolvidos na quadrilha de Adail que a Polícia Federal desarticulou . Na verdade, o tom enfático, quase choroso, da “gratidão”, não era para os cúmplices, mas para seu patrão, Eduardo Braga. Belão é grato. Belão foi grato a Gilberto. Gratíssimo ao ex-governador Amazonino. Se gratidão levar ao céu, Belão é um celestial na terra: é o sagrado gratíssimo. A alcunha já sugere um ente etéreo próprio das espacialidades metafísicas. Enquanto houver patrão para reconhecer sua servilidade, ele será sempre o campeão da gratidão. O primeiro do Reino do Céu.

O bom Belão, como Balão, flutua tanto em sua servilidade que chega a Deus. E em Deus lê o pensamento do Senhor e afirma: “Deus quem quis!”. Sua rerereleição. E quem vai contra um balão, objeto que não está no chão, e está mais próximo de Deus do Céu? Nem Ícaro.

Então, se o negócio é voar, o povo clama:

Vai, azulão!

Vai, azulão, companheiro!”

Bica o balão!

Bica o balão, tão ordeiro!

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