Os torcedores esperaram muito até que chegasse o dia em que se pudesse torcer para o Vasco sem precisar apelar para a máxima do capitalismo: “o importante é vencer, não importa como”. Durante décadas, cada vitória do Vasco era razão para que parte da torcida vascaína louvasse o eterno presidente, Eurico Miranda. Sem compreenderem, claro, que dando migalhas aos sofridos corações alvi-negros, Eurico ia ficando rico, e o Vasco, cada vez mais pobre. Eurico é exemplar da categoria de dirigentes – não apenas do futebol, mas principalmente – que usam o clube em benefício próprio e ainda conseguem enganar parte da torcida. Aqui e ali, conseguindo um título de menor expressão, ou vencendo um campeonato nacional às custas de algumas vidas – como em 2000 – Eurico foi ficando, e enraizando no Vasco uma administração pautada na lógica do se dar bem. O dirigente, não o clube. Eurico afirma que ama o Vasco. Amou como o burguês que ama sua esposa, enquanto ela estiver bem capturada, selecionada e classificada, inerte e incapaz de escapar da imobilidade. Dizem algumas bocas que, dos dois mandatos parlamentares de Eurico, nenhum foi conseguido com o voto do torcedor cruz-patético. Eram adversários, como o Flamengo, que, elegendo o presidente do rival, eternizavam a administração catastrófica.

Neste final de semana, Eurico sofreu. A eleição para a presidência do clube pelos próximos 3 anos foi vencida pelo ex-jogador Roberto Dinamite, que ainda cedo percebeu o quanto Eurico era nefasto ao clube. Resta agora saber se o Vasco poderá entrar num período onde deixe a estrutura pré-amadora para um profissionalismo responsável. Eurico se foi, mas ainda falta o Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Goiás… A verdadeira torcida cruz-pateana pode torcer com alegria novamente. Outros, ao contrário…

Mesmo sendo um mau para o desenvolvimento do Clube de Regatas Vasco da Gama, de inolvidáveis conquistas, parte da torcida, dos jogadores e até de quem se beneficiava da situação vascaína com Eurico por lá, lamentaram a saída:

Edmundo, o animal

Romário, a estátua

A estátua do estátua

Jogadores edipianizados

Algumas torcidas ditas “rivais”…

E teve até quem tenha sentido quase na própria carne a derrota de um igual:

Eurico e Amazonino, Amazorico e Eunino

Sem esquecer que o irmão siamês de Eurico teve sua derrota quatro anos atrás, mas o Dinamite que o sucedeu não explodiu a subjetividade da corrupção, dando chances para que, tal como um fantasma, ele tente, em vão, reaparecer. Te toca, Dinamite!

DinaVasco da Gama

DINAMITE NELES, ROBERTO!

4 thoughts on “AGORA JÁ SE PODE TORCER PARA O VASCO DA GAMA

  1. Você não torcia para o Vasco por causa do Eurico Miranda?
    Ele comeu a sua mãe ou a sua irmã ou as duas ao mesmo tempo?

  2. Companheiro Mané,
    A inveja mútua entre a dupla siamesa Fla-Vasco é tamanha, que até nisso são iguais… Mas o Vasco se livrou do Eurico dele!
    Abraços!
    Eurico Forever,
    Com o seu comentário/confissão edipiano/anal, já sabemos como foi que o Eurico conquistou a parcela da torcida vascaína que o adora…
    Volte sempre e traga as amigas!

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