PSDB/PFL NÃO É FREUD, RAPAZIADA!
Depois que Lula usou Freud para explicar a ida da ex-secretária da Anac, Denise Abreu, ao senado e confirmar a existência do vazio, o criador da psicanálise baixou entre os psdbistas e pfelistas para mostrar que estes irmãos siameses se entrecruzam nos meios das estultices ditas políticas.
Em plena a convenção do PFL para apresentar a candidatura de seu representante, Gilberto Kassab, o vice-governador de Serra, e pró-Kassab, Alberto Goldman, ‘desafeto’ da candidatura Alckmin à prefeitura, ao tecer comentários sobre seu apoio ao pfelista, chamou-o pelo nome de Geraldo Kassab. Alusão a Geraldo Alckmin. Alguns atribuíram a fono-revelação à mão de Freud, tomando-a como um ato falho: o vice queria, em verdade, falar Geraldo Alckmin. Tentou a censura, mas seu inconsciente lhe pregou a peça partidária.
Com todo respeito aos freudistas, não entendemos assim. Não houve ato falho. Houve propositadamente uma confissão de que PSDB e PFL são iguais. Goldman só blefou com Freud. Cobra criada, ele usou um recurso freudiano para mostrar que está tudo na mesma ordem. Tanto faz Kassab ou Alckmin, São Paulo estará sempre sob a força reacionária da direita. Daí que Freud mesmo, só o de Lula. Geraldo Kassab ou Gilberto Alckmin, não há dupla, mas o uno antidemocrático.
Todavia, há um grande entrave no blefe freudiano de Goldman: Martha. Ela não dá para chamar de Geraldo e sair impune.