*….:: CHAGÃOZINHO EUROCOPA! ::.….*

0

ΘGrupo C encerrado, com uma vaga em laranja e outra em azul. Mas na partida decisiva entre Itália e França foi o vermelho-sangue a cor predominante. Os azzurribaixaram a botina nos bleus. Com uma tática que lembrou a blitz nazi-fascistada seleção brasileira na final da Copa América, a ordem na Itália era derrubar os jogadores franceses a qualquer custo. Quando algum francófono tocava na bola, imediatamente vinham três ou quatro italianos a fechar-lhe os espaços, tocando, empurrando, derrubando: coletivos no ato de destruir, com direito a chute, rabo-de-arraia, e as solas das chuteiras sempre em riste contra os adversários. Aos oito minutos, sai o cara amassada, Franck Ribéry, o motor do meio-campo francês, machucado. Daí sobrou vontade e faltou criatividade ao meio-campo. A seleção mais negra da França, que carregou o estandarte da luta contra o preconceito na Copa de 2006, mais uma vez em desvantagem contra a ultra-direitista Itália. Uma luta entre iguais, a se considerarem os chefes-de-governo atuais. O técnico e astrólogo, Raymond Domenech, não previu que é pelos atos do homem que alguns virtuais se atualizam e o intempestivo acontece. Tirou o veterano filósofo da zaga, Lilian Thuram, para improvisar o tosco Abidal no miolo, e deu no que deu: zil falhas, que o estabanado centroavante Toni, não aproveitou. Ainda assim, Abidal, para fechar a opereta, chuta o nove azurri, e comete penal. Mais um golpe no já abalado scratchfrancês. O possesso Pirlo, mola da única jogada que dispõe o menu de opções italianas (Pirlo-lança-Toni), foi e não perdeu. No segundo tempo, mesmo com as modificações, a França parecia não querer jogar: faltou garra e talento. À exceção do jovem Benzema e do volante Toulalan, o restante se arrastava em campo. Henry, quando dominava a bola, parecia que a tevê entrava em modo slow motion.Govou atuando sempre eficientemente pela direita do ataque. Eficiente para a defesa italiana. Henry conseguiu marcar, contra, desviando a bola numa falta cobrada por De Rossi. O mais é menos. Domenech, de quem se diz dominar a arte de ler o futuro nos astros, se tivesse apelado aos afirmativos búzios dos pais Geovanno e Gilmar, nas bandas manoniquins, certamente saberia que o seu futuro é num café parisiense, com um jornal à mão, procurando emprego. Da Holanda, que não vimos, ficou a impressão de que mesmo os reservas carregam a mesma intensidade futebolística que os chamados titulares, e que a Romênia, de Drácula, não deu pro cheiro: 2 a 0 inapeláveis, e que venham russos e suecos juntos, que não dá pra quem quis.

Itália 2 – 0França

Holanda 2 – 0Romênia

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.