Se a Vertebral não analisou nada se realizou

# A Doutrina da Igreja Católica, em seu discurso teológico sobre as ações dos homens bons junto aos seus próximos, carrega a potência democrática do FAZE O BEM E NÃO DIGAS A QUEM, ou, seja, praticar um ato bom sem nenhum interesse ao reconhecimento, já que o reconhecimento é da ordem da vaidade do homem. Função de sua fraqueza decorrente de baixo auto-valor, ou comportamento de“quem ainda não se encontrou, ou que já voltou a se perder” (Marx). Propósito que foge à propaganda da evangelização que se dá na alternância comprometida do cristão engajado em sociedade. Cristão livre democraticamente. Fora da dívida de gratidão. O cristão do Cristo filho de Maria, e não o paulino.

Hoje, dia 16 de junho, pela manhã, D. Mário, um dos religiosos importantes da Arquidiocese de Manaus, mostrando uma face gratificada, foi homenageado na Câmara do Vereadores por seus trabalhos na área social, principalmente à frente da Fazenda Esperança, que desenvolve trabalho de reabilitação de drogados. Do entendimento desta Vertebral surgem dois rastros humanos demasiado humanos (Nietzsche). Um, em razão da fraca atuação democrática da maioria dos edis desta casa, D. Mário, com sua presença, coloca-se em equivalência ao estado de coisas deste território legislativo. Dois, D. Mário, de acordo com a Doutrina Cristã, se apresenta mais como ser antropologizado do que teologizado. Além do quê, com seu ato, elevar estes edis a categoria de Deus capazes de atingirem o conhecimento de sua obra. Apesar destes percalços, a segundona TDPM – Transtorno Disfórico Pré Mestrual não me leva mal.

# A Polícia Federal, na operação “De Volta Para Pasárgada”, continuação da Pasárgada I, prendeu pela segunda vez O PREFEITO DE JUIZ DE FORA, Alberto Bejani (PTB-MG), que já renunciou, por desvio de dinheiro público perpetrado por uma quadrilha recheada de grandes personalidades, de lobistas, passando por parlamentares, chegando até ao poder judiciário. Lá como cá, a virulência da anomalia democrática, roubo do dinheiro publico, é pandêmica. O prefeito do município de Coari, Adail Pinheiro, é acusado da formação de uma das maiores quadrilhas de roubo do dinheiro público. Lá, como cá, os personagens vão de parlamentares, secretários, serventes, juízes, tocando nas chamadas autoridades dos governos do Amazonas. Cá, como não lá, a PF ainda tenta prender (questão de pouco tempo) o acusado de chefe, Adail, e cá, como não lá, ele diz não renunciar. Enquanto isso, notórios inimigos do povo, principalmente os que usam a miséria para se eleger, querem uma CPI. Na linguagem popular: Jogo de cena. Na linguagem teológica: “Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra”.

# Tão Gomes Pinto é um dos poucos jornalistas do Brasil engajado socialmente. Conhecemos sua letra desde o tempo da Isto É dirigida pelo insuspeito jornalista ítalo-brasileiro, Mino Carta, criador e dirigente da revista Veja, no período cruel da ditadura, totalmente diferente desta Veja de hoje com os Mainardis, colunismo social de salão de beleza e consultório médico. Pois bem, o Tão escreveu uma espécie de biografia: “ELE, MALUF, A TRAJETÓRIA DA AUDÁCIA”. O lançamento está sendo hoje, com a presença de um Maluf felicíssimo, tanto em razão da pena de Tão, como sua crença de que foi muito importante para a democracia brasileira. Ora, ora, ninguém precisa falar sobre este espécime herdeiro de Ademar de Barros: “Rouba, mas faz”. Lógica aplicada no Brasil, e também aqui no Amazonas. Maluf é candidato a prefeito de São Paulo pelo seu partido PP-SP, por sua trajetória, é provável que seu livro não seja lido por seus semelhantes do legislativo e executivo, já que estes, em suas práticas, afirmam com sucesso a aprendizagem na escola malufista.

Me foque!

Isto é rock!

Beijos e Abraços Vertebrais!

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.