A ex-secretária da ANAC, Denise, foi ao Senado mostrar seus conteúdos técnico-burocráticos, segundo ela também jurídicos, para tentar incriminar a ministra Dilma Roussef, tudo como manda a inoperância parlamentar dos intrigantes do PSDB/PFL. Entretanto, ao tentar pontuar sua inflexão vocal, sonorizando significantes enfáticos, emitiu uma voz empastada deslizando em pontuações guturais como sopros cavernosos. Crente no apoio de seus mentores, os direitistas, conduziu em público Deus, família, filhos (maravilhosos), amizade e moral espiritual, sua nova elevação metafísica, que para si a colocava acima de qualquer suspeita humana demasiadamente humana. Triste cálculo calculado pela contribuinte da economia cubana na produção charuto: Denise abriu, e Lula viu. “Só Freud para explicar a ida dessa senhora ao Senado. Como alguém fica 8 horas para não dizer nada”, afirmou o teórico da psicanálise, Lula.

O arigó, campeão da Copa Brasil, interpretou a resistência da ex-agente-aérea e não fez a contra-transferência: ela quer tirar o sentido do que já é sentido no processo de venda da Varig. Não precisou descer às profundidades do inconsciente Abreu, aberto. Nada latente, tudo manifesto. No corte do cabelo: quase Joãozinho. Na voz: persona, pelo som pode se conhecer o personagem (atores gregos com suas máscaras). Pela boca: tragar charutos (ou cigarros, nenhum dos vícios do senador Arthur“5,5%”Neto, afirmado por ele quando pedia respeito pela senhora aberta), sublimação oral (Freud).

O teórico da psicanálise, Lula, em suas andanças democráticas sempre esteve em situações em que os atos falhos e as simulações sempre se fizeram presentes. Exemplo: a escalada alpinista de Fernando Henrique subindo nas suas elevações de operário engajado. Estas andanças lhe permitiram um entendimento para além da manifestação do outro. O que quer ser tomado mais pelo que finge apresentar do que o que esconde. Lula aprendeu com os farsantes que todo homem que faz uso do engodo não é confiável, pois desviou o desejo de seu objeto. E o objeto e objetivo do homem desejante socialmente é a democracia. Por isso, compreende tão bem os desviantes do PSDB/PFL.

Nos entremeados conspiradores e abestalhados da chamada cena política da direita, Lula foi mais que Freud: mostrou para ao povo brasileiro uma psicoterapia terminada. O que para maioria dos psicanalistas é impossível por dois princípios: Um, eles não vão além de suas próprias projeções. Dois, é o grande truque deles para manterem os analisando em suas dependências. Tudo que Lula como governante não é e não pretende. Não é incapaz, e não pretende o povo aprisionado.

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