*….:: CHAGÃOZINHO EUROCOPA! ::.….*

0

Θ E a 2ª rodada do chamado grupo da morte novamente começou com a morte, mas ao bom futebol. Uma Itália que não lembrou nem um Bertollucci, quanto mais um Nanni Moretti, apenas simulou perigo em vários ataques; e uma Romênia que parecia que os jogadores, em vez de pegarem um toque de movimentação no teatro da crueldade de Ionesco, tinham era passado na madrugada pelos dentes pontiagudos do conde Drácula, na velha tática de jogar na retranca, explorando o contra-ataque. Quem teve se rebolar, além de muito saltar e pular foi o goleiro romeno Lobont, que segurou o ponteiro do placar. E assim ia se arrastando pela segunda etapa, mas como diz o ditado, quem não faz, os outros fazem. Até que Zasmbrota zambeteou e, ao tentar atrasar de cabeça uma bola, armou uma bela jogada para o camisa 10 Mutu, que se antecipou e movimentou o ponteiro do placar para a Romênia. A azurra urrou, mas por desespero, e flexionou um pouco suas posições sempre definidas, indo até os zagueiros para o ataque, e Panucci, depois de uma bola espirrada após um escanteio e bobeada da defesa romena, empatou um minuto depois. Para o jogo do não-jogar que se via, estava de bom tamanho, mas novamente Panucci queria ver gol, fazendo um pênalti desnecessário no atacante romeno; mas dessa vez Mutu era quem não queria, e Buffon defedeu o penal. E por aí se foi el futbol

Romênia 1 – 1 Itália

Θ Mas no segundo jogo, a Holanda entrou novamente em campo spinozeando, realizando bons encontros em composições que aumentavam sua potência de agir. Quando aos nove minutos Kuyt abriu o placar, parecia que a Holanda ia fazer da França uma Itália. Mas a França passou a predominar durante todo o restante do primeiro tempo, mas marcou touca em não marcar. No segundo tempo continuou, e Thierry Henry, cara a cara com Van der Sar, jogou por cima. E quando Van Persie, que acabara de entrar, marcou o segundo, até Van Gogh correu para colar a orelha para ouvir melhor o grito da torcida laranja e pintar seu alegre colorido. A França então tentou convocar ao menos uma lembrança de Deleuze e Guattari, e dessa vez Henry quase quebra os nervos dos olhos de Van der Sar, que apenas pode acompnhar com os olhos o golaço francês. Mas um minuto depois, como um vento por trás, como falava o galego Deleuze do holandês Spinoza, Robben declinou um ângulo onde parecia não existir e pôs mais laranja na salada. E ainda nos acréscimos Sneijder transformou a salada em laranjada, colorindo a goleada, que garante a primeira vaga do grupo e, principalmente, faz passar algum sopro de vida no meio de tanta morte. Enquanto isso, na última rodada da fase, Itália, Romênia e França estarão jogando outra vaga com as malas feitas no hotel.

França 1 – 4 Holanda

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.